Tendências de recrutamento e seleção: o que esperar em 2025
Raphael Rezende, o Rapha do RH, revela as mudanças e estratégias para atrair talentos
Você está preparado para as tendências de recrutamento e seleção em 2025? Com a inteligência artificial transformando o mercado, o RH precisa se reinventar para se manter competitivo.
Para apoiar essa jornada, conversamos com Raphael Rezende, o "Rapha do RH", referência no setor e criador dos programas "Dona da Carreira" e "Dona do Emprego", que têm impulsionado o crescimento de mulheres no mercado de trabalho.
Nesta entrevista exclusiva ao blog da Metadados, especialista em software de gestão de RH, Rapha compartilha como a tecnologia está revolucionando o recrutamento e seleção, além de destacar a importância do employer branding e do bem-estar dos colaboradores na retenção de talentos. Confira as dicas e prepare seu RH para 2025!
Metadados: Quais são as principais tendências de recrutamento para 2025?
Rapha: A inteligência artificial já está transformando o recrutamento, e 2025 não será exceção. A tecnologia pode aumentar a eficiência na triagem de candidatos em até 75% e acelerar o processo seletivo em 30%. No entanto, o desafio será garantir que empresas de todos os tamanhos possam implementar essas inovações de maneira acessível. Outro ponto são as "mad skills" — habilidades fora do comum, interesses e hobbies dos colaboradores — e como a IA irá interpretar essas nuances. É essencial estarmos atentos a esses aspectos.
Metadados: Quais competências o RH deve desenvolver para se adaptar a essas tendências?
Rapha: "Aprender a aprender" será essencial. O RH deve adotar uma visão estratégica, focada no futuro, mesmo em meio às incertezas. No processo seletivo, é importante olhar além das competências técnicas e valorizar as competências comportamentais, que serão decisivas. Não basta filtrar candidatos apenas pela formação ou conhecimento técnico; o autoconhecimento e a habilidade de resolver problemas complexos são grandes diferenciais. Estar atento a esses aspectos permitirá que o RH atraia talentos alinhados à cultura da empresa.
Metadados: Saúde mental e bem-estar são temas centrais no trabalho. Como refletir isso nas descrições de vagas?
Rapha: O Brasil está entre os países com maior incidência de doenças mentais, e a síndrome de Burnout já foi reconhecida pela OMS. Medidas como a jornada de trabalho 4 por 3 ou a promoção de uma cultura de feedback e reuniões one-on-one ajudam a criar um ambiente de trabalho saudável. Destacar essas práticas nas descrições de vagas mostra o compromisso da empresa com o bem-estar dos colaboradores, o que pode ser um diferencial no recrutamento.
Metadados: Em nossa pesquisa, 89% dos candidatos não recebem feedback após o processo seletivo. Como isso impacta o employer branding?
Rapha: A falta de retorno aos candidatos prejudica tanto a experiência quanto a imagem da empresa. Se o processo seletivo ignora a jornada do candidato, é provável que a experiência do colaborador também seja negativa, afetando a retenção e a produtividade. O uso de IA pode aprimorar essa experiência, automatizando feedbacks e garantindo que cada candidato receba uma resposta, melhorando assim o employer branding.
Não perca a íntegra da entrevista! Rapha compartilha dicas valiosas e conta como deu um retorno significativo a um candidato não selecionado. Confira!
Metadados: Como o RH pode tornar os processos seletivos mais inclusivos e diversos?
Rapha: Antes de tudo, é importante perceber que a diversidade não se limita à representatividade; ela é um fator estratégico para o sucesso das empresas. A diversidade deve ser gerida de forma inteligente, garantindo um ambiente onde os colaboradores se sintam seguros para contribuir com novas ideias. Além disso, a diversidade geracional é um aspecto crucial, pois diferentes gerações estão convivendo no ambiente de trabalho pela primeira vez. O RH precisa estar atento a isso e entender a importância de incluir todas as vozes quando for selecionar candidatos, garantindo que cada colaborador, incluindo os novos, se sinta pertencente.
Metadados: Falando em diversidade, como as empresas podem se preparar para serem mais inclusivas?
Rapha: Discutir diversidade e inclusão abrange várias perspectivas. Para que isso aconteça de forma eficaz nas empresas, o autoconhecimento é essencial. Somente assim conseguimos perceber o outro e apoiar um colaborador em situações como crises de ansiedade ou quando se encontram no espectro autista. Indivíduos com autismo, por sua vez, têm um desempenho notável e contribuem rapidamente, mas também podem enfrentar momentos de baixa. Como a liderança pode gerenciar essas situações? É fundamental que os líderes estejam atentos às relações humanas e compreendam que reter talentos requer inclusão. Os ganhos são imensuráveis, e considerar as diferentes naturezas e necessidades de cada colaborador é essencial.
Gostou da entrevista com o Rapha? Aproveite e confira nosso report exclusivo com dados de pesquisa sobre como melhorar o recrutamento e seleção.