Grupo de pessoas em reunião descontraída

Decorrente das transformações ocorridas no trabalho e nas organizações, frequentemente vemos o termo “competências” sendo utilizado nas empresas até mesmo como uma forma de gestão. Trata-se de um conceito amplo, mas como inseri-lo e aplicá-lo na gestão de uma empresa?

Na tentativa de esclarecer aspectos ligados ao tema, estudiosos concentram-se em pesquisas que buscam aprofundar a aplicação do conceito e, com isso, percebe-se a segmentação do termo em tipos de competências como, por exemplo, as organizacionais e as humanas.

Duas vertentes para o conceito de competências

No ambiente da administração podem ser notadas, no mínimo, duas vertentes para o conceito de competência. A primeira delas trata do conceito ligado à estratégia da organização. Ou seja, relaciona as competências organizacionais aos projetos estratégicos da empresa, (FISCHER, et al., 2008). Frequentemente, vemos esse conceito traduzido como competências organizacionais, essenciais ou core competence, dentre outras variações. A interação dessa definição ocorre por meio da identificação de competências para sustentação da estratégia, o que chamamos de interação estratégica, assim como a relação dessas competências com as atividades humanas, o que os autores chamam de interação operacional, (conforme Figura 1, página 5).

A outra vertente traz o conceito atrelado à gestão de pessoas, sendo até mais difundido e comum nas organizações. Conhecido como mapeamento de competências individuais, seleção por competências, remuneração por competências, avaliação por competências e assim por diante (FISCHER, et al., 2008).

O mapeamento de competências individuais, segundo Carbone et al. (2006 p. 76), são as “combinações sinérgicas de conhecimentos, habilidades e atitudes, expressas pelo desempenho profissional dentro de determinado contexto organizacional, que agregam valor a pessoas e organizações”.

Inter-relação entre as competências

Embora tratados de forma independente, existe uma inter-relação necessária e relevante entre as duas vertentes, sendo essencial que exista uma articulação entre a estratégia organizacional e as competências humanas. Dutra (2010) menciona:

Ao colocarmos organização e pessoas lado a lado, podemos verificar um processo contínuo de troca de competências. A organização transfere seu patrimônio para as pessoas, enriquecendo-as e preparando-as para enfrentar novas situações profissionais e pessoais, na organização ou fora dela. As pessoas, ao desenvolverem sua capacidade individual, transferem para a organização seu aprendizado, capacitando-a a enfrentar novos desafios (DUTRA, 2010, p. 24).

Levando em consideração a importância e a abrangência desse tema para as organizações na atualidade, torna-se favorável a sua aplicação tendo atenção aos aspectos particulares de cada empresa. Nesse sentido, a implementação do conceito agregado à gestão da empresa requer não somente uma leitura do negócio e das estratégias, como também a análise de adequação de um modelo tradicional para essa outra forma de gestão.

Esboço de 3 círculos azuis mostrando interligação entre interação e competências.

Esta imagem ilustra a interação estratégica e a interação operacional com as competências organizacionais e individuais.

Círculos azuis englobando estratégias, competências e atividades

Esta imagem demonstra a relação das estratégias da empresa, que dão origem às competências organizacionais que, por sua vez, se relacionam com as competências individuais e com as atividades desempenhadas no dia a dia.

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