Imagem de duas pessoas discutindo sobre gráficos

Na descrição do seu cargo diz “Analista de RH”, mas você não sente que essa é sua atuação na rotina? Muitos profissionais da área compartilham este sentimento no mercado de trabalho e não identificam formas de serem reconhecidos com um perfil de RH estratégico por suas organizações.

Nesta perspectiva, é preciso entender qual postura você assume na empresa e os pontos que ainda precisam evoluir para um novo protagonismo. Se você quer conquistar a confiança dos superiores e se aproximar deles para participar de ações decisivas, a receita é dedicação contínua e mudança de atitude, além de ser essencial adotar uma cultura analítica no setor de RH.

Por isso, nosso ponto de partida será reconhecer quem você é atualmente e como o RH estratégico acontece na prática. Confira alguns tópicos de análise que os especialistas da Metadados — empresa que desenvolve Sistema de RH — selecionaram para sua autoavaliação. Seja sincero com você mesmo e entenda que o primeiro passo para a mudança é reconhecer as características que já não dialogam com o real perfil de um analista.

Como é seu trabalho no dia a dia?

Para começar, vamos entender sua rotina na empresa e identificar seu perfil profissional. Se precisasse ponderar, suas tarefas estão equilibradas entre obrigações operacionais (fechamento de folha, entrega de documentos como CAGED, eSocial, FGTS, entre outros) e atuações analíticas (estudo de dados, realização de pesquisas internas, levantamento de soluções, entre outros)?

Na falta de equilíbrio, é melhor que a balança penda mais para as investigações analíticas da empresa, que vão impactar diretamente nos objetivos e resultados, do que para o lado operacional. Mas a realidade da maioria dos profissionais de RH é a oposta, com mais peso para as atividades de administração pessoal e, muitas vezes, sem contar com o auxílio de um sistema de automatização para facilitar os processos.

Talvez isso aconteça porque a gestão não está enxergando você como um RH estratégico, apenas como executor. E nós sabemos a área tem muita competência para estar além das atividades tradicionais.

Você faz parte das decisões?

Os reflexos de ser visto como operacional e executor estão diretamente ligados com sua voz na empresa. É natural que, assumindo este papel, sua atuação esteja mais distante dos líderes e eles não encarem você como um agente essencial nas tomadas de decisões.

Quando o analista de RH se encontra nesta postura passiva nos momentos importantes para a evolução da empresa, é preciso mostrar que o seu conhecimento particular pode (e muito) acrescentar na construção de melhorias. Mas essa transformação não acontece de um dia para o outro, pois é com informações relevantes e precisas que se adquire confiança, o que reforça a necessidade de implantar uma cultura analítica no setor.

Com o tempo, você será reconhecido pelos superiores como uma autoridade nos assuntos relacionados ao capital humano e, então, participar ativamente de todas as decisões que envolvem este recurso.

Sua opinião é consultada em outros setores?

Vamos supor que a equipe de TI está pensando em reestruturar o setor, com substituição de funcionários. Neste caso, você seria consultado para prever o impacto desta ação na produtividade da empresa, por exemplo?

Provavelmente, se você ainda não trabalha com indicadores e, por consequência, não é visto como um RH estratégico, a resposta é não. Aí está mais uma das vantagens de desenvolver a cultura analítica: uma visão sistêmica.

Quando você é incluído nos debates de outras áreas, consegue perceber a totalidade da empresa e, inclusive, realizar conexões para encontrar respostas que beneficiem o maior número de colaboradores possível. Para isso, além de ser analítico, você precisa ser visto como uma pessoa confiável e aberta ao diálogo, outra postura que se constrói no dia a dia.

Você é referência na estrutura da empresa?

Quando surgem dúvidas sobre o melhor caminho para a organização seguir, você é o protagonista na avaliação dos impactos internos? Toda grande ação de uma empresa vai refletir nos colaboradores e em como eles se sentem nesta relação trabalhista, por isso, ninguém melhor do que o RH estratégico para auxiliar no direcionamento de novas ações, não só para os gestores, mas também para seus funcionários.

Se o líder identificou aumento na rotatividade, você é a referência dele para criar estratégias de retenção dos talentos? No caso de uma postura analítica, você seria o primeiro recurso e, por meio de indicadores seguros, conseguiria identificar as motivações dos funcionários, além de propor medidas para solucionar a questão.

Afinal, com os dados certos e conhecimento para avaliar cada um deles, fica muito mais fácil entender como agir com confiança em todas as adversidades! Se você não sabe por onde começar, temos um ebook completo sobre cultura analítica, em que você vai entender como usar os dados a seu favor na empresa, além de conhecer indicadores essenciais para sua estratégia.  Guia da cultura analítica: como evoluir sua empresa através de dados

Como você cuida das pessoas?

Um RH estratégico vai muito além de benefícios, pagadoria, cargos e salários. Sua atuação é realmente voltada às pessoas, suas motivações e estímulos para melhorar os resultados. Quando você se concentra nos colaboradores e observa suas particularidades, a empresa pode agir para manter o engajamento em alta, baseada no perfil de trabalho de cada funcionário, setor ou área.

Mas, para isso, é preciso ultrapassar a visão quantitativa e reunir informações qualitativas sobre a gestão de pessoas. Esta é mais uma atitude do RH estratégico, que utiliza os dados e indicadores a seu favor, mas vê muito além dos números. Um profissional que enxerga pessoas e tenta entender qual a melhor forma de cuidar delas.

E aí, conseguiu identificar?

Depois desta autoanálise, você já pode diferenciar se é um Analista de RH estratégico ou operacional. Todos os pontos que trouxemos também servem de inspiração para buscar melhorias na prática e, aos poucos, demonstrar aos líderes que você pode transformar as perspectivas na tomada de decisões, para atingir objetivos e resultados consistentes.

Nós, é claro, não vamos te abandonar nesta mudança de posicionamento. Por isso, preparamos um material completo sobre a cultura analítica no setor de RH e como ela pode tornar você indispensável para a evolução da organização em que atua.

 

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