Gestão de Pessoas27 de novembro de 2025

Microagressões no trabalho: como evitar o problema

Entenda como atitudes sutis podem comprometer o clima organizacional

Microagressões no trabalho: como evitar o problema

Nem sempre é preciso um comportamento explícito para ferir alguém. No ambiente de trabalho, comentários aparentemente inofensivos, piadas “sem maldade” ou gestos sutis podem carregar preconceitos e desgastar relações.

Essas pequenas ações conhecidas como microagressões afetam silenciosamente o clima organizacional e a sensação de pertencimento.

Embora pareçam triviais, têm força suficiente para impactar a motivação, o engajamento e até a permanência dos profissionais.

No texto a seguir, escrito pela Metadados, empresa especializada em sistemas para RH, você vai aprender o que são as microagressões e como eliminar este problema a partir de uma boa gestão de pessoas.

Boa leitura!

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O que são microagressões?

O termo “microagressão” surgiu na década de 1970, criado pelo psiquiatra americano Chester Pierce para descrever manifestações sutis de preconceito, especialmente em contextos raciais.

No ambiente de trabalho, o conceito se ampliou para abranger comportamentos relacionados a gênero, idade, aparência, orientação sexual, deficiência, religião e outros aspectos da diversidade humana.

Na prática, uma microagressão pode se manifestar de várias formas:

  • Uma piada sobre o jeito de falar de alguém;
  • Um elogio com estereótipo embutido (“você é muito articulado para alguém da sua origem”);
  • O ato de interromper constantemente um colega durante reuniões.

São gestos rápidos, quase automáticos, mas que podem deixar marcas profundas.

Muitas vezes, quem comete raramente tem a intenção de ofender, mas quem sofre sente o peso acumulado dessas pequenas desvalorizações no dia a dia.

Por isso, o desafio está tanto em reconhecer quanto em transformar esses comportamentos.

Os diferentes tipos de microagressões no trabalho

Saber identificar cada tipo ajuda o profissional de RH e as lideranças a agir de forma mais assertiva.

Como já mencionamos, as microagressões podem se manifestar de diferentes formas, algumas são mais sutis que outras.

Confira algumas delas:

  • Microinsultos: quando uma fala ou atitude parece elogiosa, mas carrega crítica ou preconceito disfarçado, como “você é muito inteligente para uma mulher” ou “nem parece que tem essa idade”;
  • Microinvalidações: acontecem quando a experiência do outro é minimizada, por exemplo, ao dizer “aqui não existe preconceito” diante de um relato de racismo ou machismo;
  • Microssegregações: são exclusões sutis, como não incluir um colaborador em decisões ou convites de equipe;
  • Microataques não verbais: expressões faciais de reprovação, suspiros, olhares ou gestos que comunicam intolerância, mesmo sem palavras.

Para muitos, essas atitudes podem parecer pequenas. Mas quando se repetem, criam um ambiente hostil e pouco acolhedor. O resultado é um ciclo de desconforto e distanciamento dentro das equipes.

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Como as agressões afetam o ambiente de trabalho?

As microagressões corroem o clima organizacional de forma silenciosa. Afetam a confiança entre as pessoas, aumentam o estresse psicológico e reduzem o engajamento.

O colaborador que se sente desrespeitado tende a se silenciar, a participar menos e, muitas vezes, a procurar novos caminhos fora da empresa.

Do ponto de vista institucional, esse comportamento tem custo alto: eleva a rotatividade, prejudica a inovação e enfraquece a credibilidade da marca empregadora.

Mas, mais do que tudo, é um sinal de que a cultura de respeito precisa ser fortalecida na prática, e não apenas nos discursos.

Uma empresa que ignora esses sinais acaba abrindo espaço para a insatisfação e o afastamento dos seus talentos.

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Por que é tão difícil identificar e lidar com microagressões

O problema das microagressões está na sutileza. Elas não são diretas nem escancaradas, estão disfarçadas em gestos corteses, brincadeiras e comportamentos específicos.

Como já mencionamos, muitas vezes quem comete esses atos nem mesmo percebe. É por isso que tratá-las exige sensibilidade e autocrítica.

Grande parte dessas atitudes nasce dos chamados vieses inconscientes: julgamentos rápidos e automáticos baseados em estereótipos culturais ou experiências passadas.

Modificar esses comportamentos demanda um processo contínuo de aprendizado. Envolve empatia, escuta ativa e disposição para mudar.

Esse movimento precisa ser liderado pelo RH e pelas lideranças, que têm poder de influenciar a cultura e, acima de tudo, dar o exemplo.

O papel do RH na prevenção e no enfrentamento

Em uma empresa que busca ser inclusiva e saudável, o RH ocupa um papel estratégico na prevenção e na mediação de microagressões.

Além de promover políticas e treinamentos sobre o tema, é ele quem direciona o olhar institucional para o comportamento humano no dia a dia.

Algumas práticas fundamentais incluem:

  • Capacitar equipes e gestores para reconhecer e corrigir comportamentos microagressivos;
  • Estabelecer canais de escuta e acolhimento seguros, nos quais os colaboradores possam relatar situações de desconforto com confiança;
  • Incluir o tema nas políticas internas e no código de ética, deixando claro que o respeito é inegociável;
  • Estimular o feedback construtivo e a comunicação empática entre as equipes;
  • Monitorar o clima organizacional, acompanhando como as pessoas se sentem e reagindo antes que situações se agravem.

Quando o RH une prevenção e escuta ativa, cria as bases para uma cultura que valoriza a diversidade e reduz comportamentos discriminatórios.

Conheça o Vibe

Uma forma de fazer isso é contar com a ferramenta certa para a sua gestão de pessoas. Uma dessas soluções é o Vibe, o sistema da Metadados que entrega a melhor experiência de relacionamento entre líderes e times.

O Vibe ajuda empresas a monitorar o clima organizacional, ouvir suas pessoas de forma contínua e identificar sinais de insatisfação ou desconforto.

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Conclusão

Mudar uma cultura organizacional marcada por hábitos sutis exige tempo e consistência, mas começa com atitudes cotidianas simples, intencionais e coerentes.

Criar uma mudança genuína exige reconhecer o problema, abrir espaço para o diálogo e, acima de tudo, dar o exemplo.

Essas práticas sustentam uma cultura baseada em empatia, aprendizado e equilíbrio.

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Conheça quem escreveu o artigo

  • Bruna Valtrick
    Bruna Valtrick

    Bruna é jornalista, produtora de conteúdo e estudante de Filosofia, especializada em SEO e Marketing de Conteúdo, e com 10 anos de experiência em redação de textos. Na Metadados, cria conteúdos estratégicos e sempre atualizados sobre Recursos Humanos.

  • Débora Pietri
    Débora Pietri

    Débora é graduada em Letras e Pedagogia e pós-graduada em Gestão de Pessoas, Psicologia Organizacional, Design Instrucional e Gestão Estratégica de Projetos. Há mais de 10 anos na área da educação corporativa, atua na Metadados como Consultora de Educação Corporativa, desenvolvendo soluções de aprendizagem para o EAD dos nossos clientes internos e externos. Possui sólida experiência em programas de capacitação, universidades corporativas com a integração de metodologias ativas e tecnologias educacionais para criar jornadas de aprendizado envolventes.

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