Imagem de uma mulher sentada em frente a uma mesa, com um copo de suco, papéis e uma caneta nas mãos

O conceito de competência, segundo Dutra (2008; 2010), existe há muito tempo e ainda vem sendo aperfeiçoado por estudiosos. Em gestão de pessoas, o termo surgiu da necessidade de mudança na forma de gerir. Adventos como a globalização e as transformações nas organizações fizeram com que o nível de complexidade das atividades se elevasse e, com isso, a exigência por características como autonomia, flexibilidade e maior iniciativa passaram a integrar o perfil de competências profissional exigido.

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Le Boterf (2003) compara esses dois modelos:

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Para dar conta dessa demanda, o conceito da competência foi essencial. Zarifian (2011, p.68) dizia que “competência é ‘o tomar iniciativa’ e ‘o assumir responsabilidade’ do indivíduo diante de situações profissionais com as quais se depara”. Assim, “a competência é um entendimento tático de situações que se apoia em conhecimentos adquiridos e os transforma na medida em que aumenta a diversidade das situações” (ZARIFIAN, 2011, p. 72).

Conhecimentos, habilidades e atitudes: o famoso CHA

É comum depararmo-nos com o conceito de competência ligado ao CHA. Rabaglio (2008, p.11) diz que “competência é o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes específicas para cada cargo”, onde o conhecimento refere-se à formação e os dados técnicos, a habilidade é o domínio do conhecimento e a atitude trata do comportamento humano, como valores, emoções e sentimentos.

Seguindo essa perspectiva, Dutra (2001) defende que somente o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes não garante benefícios para a organização, e nesse sentido, atribui conceitos como o da entrega, onde cada indivíduo é avaliado pelo que entrega de fato à organização, e o da complexidade, pressupondo que a pessoa se desenvolve na medida em que é capaz de assumir atribuições de maior complexidade.

Le Boterf falava sobre a importância das competências para o sucesso das empresas:

diferencial de competitividade não depende mais apenas de boa gestão do capital financeiro ou tecnológico da empresa. O gerenciamento do capital dos recursos humanos assume nele um lugar preponderante. São os serviços e a inteligência que fazem a diferença entre as empresas, as restrições de custo e as exigências da qualidade, tornando-se próximas sob o efeito da automatização. A capacidade de inovação não reside mais prioritariamente no potencial industrial ou nas despesas de pesquisa-desenvolvimento, mas no investimento nos recursos raros que são as competências. (LE BOTERF, 2003, p. 17)

Referências:

DUTRA, Joel Souza. Gestão por Competências: um modelo avançado para o gerenciamento de pessoas. 11 ed. São Paulo: Editora Gente, 2001.

DUTRA, Joel Souza. FLEURY, Maria Tereza Leme. RUAS, Roberto. (Org.). Competências. Conceitos, Métodos e Experiências. São Paulo: Atlas, 2008.

DUTRA, Joel Souza. Carreira e aprendizagem organizacional. In: ANTONELLO, Cláudia Simone. et al. Aprendizagem Organizacional no Brasil. Porto Alegre: Bookman, 2011. p. 381- 398.

LE BOTERF, Guy. Desenvolvendo a competência dos profissionais. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.

RABAGLIO, Maria Odete. Gestão por Competências. Ferramentas para atração e captação de talentos humanos. 2 ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008.

ZARIFIAN, Philippe. Objetivo competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, 2011.

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