Mulher sentada em uma poltrona pensando com um notebook no colo.

É natural faltar no trabalho em algum momento. Afinal, ninguém está livre de imprevistos! Porém, quando a frequência de faltas é muito alta, torna-se um problema chamado absenteísmo no trabalho.

Sem dúvidas, a ausência do colaborador tem efeitos negativos na empresa. É um sinal que algo não está bem com o profissional e com a própria organização. Por isso, é fundamental que o time de RH esteja atento a isso para, além de contornar a situação, evitar que volte a acontecer.

Como sabemos da importância desse assunto, preparamos este artigo com diversas informações sobre o que é absenteísmo, quais são os tipos de absenteísmo e suas causas, além de dicas para evitá-lo. Acompanhe!

O que é absenteísmo no trabalho?

Podemos explicar absenteísmo como o ato de se abster de uma função, ou seja, não realizar uma obrigação. Aqui, estamos falando da ocorrência no local de trabalho, mas vale também para a rotina escolar e de faculdade. 

Especificamente, o absenteísmo no trabalho se refere aos atrasos, faltas e saídas antecipadas dos colaboradores, que acontecem de forma repetitiva, devendo ser um dos principais indicadores da área de Recursos Humanos.

Quando se trata de atrasos, por exemplo, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) diz que há uma tolerância de 10 minutos diários, sem que seja necessária a empresa intervir. Porém, quando esse tempo se excede, podem ser feitas advertências ou até demissão por justa causa.

Quais são os tipos de absenteísmo?

São vários os tipos de absenteísmo em empresas, mesmo que em todos a consequência seja a ausência do profissional. A falta pode ser justificada, injustificada e emocional. Abaixo, falamos sobre cada uma delas:

Absenteísmo justificado

O absenteísmo justificado é quando a gestão tem controle sobre a ausência, já que o colaborador explica qual é o motivo da falta. Ocorre, de forma geral, devido a questões de saúde, como se ausentar para comparecer a uma consulta médica ou se manter afastado por determinado período para tratamento ou cirurgia.

Faltas justificadas também podem partir de motivos pessoais, como questões familiares, casamentos e falecimentos. Fazem parte ainda os atrasos em ônibus, metrôs e demais meios de transportes que são utilizados na ida ao trabalho. Nesses casos, os prejuízos para a equipe são menores, já que se pode agir mais rápido em busca de alternativas e substituições.

Absenteísmo injustificado

O absenteísmo injustificado acontece quando o colaborador não relata à gestão qual foi a razão da sua ausência. A longo prazo, pode ser muito prejudicial à empresa. Por não contar com a colaboração do funcionário, torna-se mais difícil de ser identificado pelo setor de RH, sendo preciso analisar com mais profundidade o relógio ponto e o comportamento do profissional.

Alguns exemplos são atrasos diários que chegam a uma hora e saídas antecipadas várias vezes na semana. Mesmo que o colaborador saiba que essas horas são descontadas da folha de pagamento, não há preocupação em esclarecer.

Absenteísmo emocional

O absenteísmo emocional é aquele que um colaborador, mesmo estando no seu local de trabalho, não executa suas tarefas, por algum motivo. Muitas vezes, a causa são problemas emocionais e psicológicos, tais como falta de motivação, ansiedade, insegurança e até burnout.

Também é conhecido como presenteísmo (quando a pessoa está fisicamente presente, mas sua mente não). Mesmo cumprindo o horário, não há produtividade, atingimento de metas e engajamento. Não é fácil de detectar, mas é muito importante trazer à tona para que a empresa entenda como está a qualidade do ambiente e a saúde mental dos seus funcionários.

Quais são as causas do absenteísmo no trabalho?

Além de contratempos, que acontecem a qualquer um de nós, há outras razões que podem ocasionar uma alta taxa de absenteísmo, essas que devem ser investigadas para serem evitadas ou sanadas. Entre elas, estão:

  • assédio moral;
  • falta de comunicação;
  • ausência de plano de carreira;
  • má remuneração;
  • não identificação com a cultura da empresa;
  • desinteresse pela função;
  • doenças ocupacionais;
  • sobrecarga;
  • falta de infraestrutura.

Turnover e absenteísmo: qual a diferença?

Turnover e absenteísmo no trabalho são dois indicadores de RH que se relacionam entre si, mas são coisas diferentes.

Por um lado, o turnover se caracteriza como a taxa de rotatividade, ou seja, mede quantos colaboradores saíram ou entraram na empresa em um determinado período de tempo (quantas demissões e admissões foram feitas). 

Por outro, o absenteísmo, como abordamos até aqui, mensura a frequência e quantidade de faltas e atrasos dos profissionais. Vale destacar que todas as organizações apresentam tanto o absenteísmo quanto o turnover.

Consequências do absenteísmo no trabalho

São diversas as consequências do absenteísmo no trabalho, atingindo de forma negativa todos os âmbitos da empresa. Os colaboradores presentes, que não se ausentam, acabam por ficar sobrecarregados e muitas vezes insatisfeitos, reduzindo a performance da equipe que fazem parte. Para aquele que falta, seu próprio desenvolvimento profissional fica comprometido.

Já para os gestores, um efeito é, em relação às demandas distribuídas, a perda dos prazos previstos. Do lado de fora da organização, os clientes tendem a se frustrar com atrasos na entrega, baixa qualidade dos serviços e possíveis confusões entre pedidos.

Todo esse cenário pode resultar ainda no aumento dos custos de operação e no exagero de horas extras. Por isso, para não virar uma “bola de neve”, é fundamental investigar o quanto antes quais problemas as altas taxas de absenteísmo estão escondendo.

Como reduzir o absenteísmo no trabalho?

Sem dúvida, a forma mais eficaz para diminuir o absenteísmo no trabalho é identificar suas causas e agir para solucioná-las. Para isso, cabe ao time de RH conhecer bem os colaboradores para identificar os motivos das faltas e atrasos.

Além disso, investir em manter um ambiente agradável de trabalho e traçar estratégias de motivação são opções interessantes, já que o estabelecimento de planos de carreira e o oferecimento de benefícios são estratégias que costumam gerar bons resultados.

Realizar uma pesquisa de satisfação para sondar como os funcionários estão se sentindo em relação ao trabalho e à empresa é outra opção. Com as respostas em mãos, é importante atender às solicitações (na medida do possível) e resolver os problemas, o que mostra que a organização se preocupa com o bem-estar deles.

Outras dicas para reduzir o absenteísmo é estimular o respeito e não a competitividade entre os colegas, priorizar a segurança dos trabalhadores e manter uma boa comunicação entre todos.