Departamento Pessoal13 de junho de 2025

Escala de revezamento: o que é, quando usar e como montar a sua

Entenda como organizar turnos de forma justa, dentro da lei e sem complicações

Escala de revezamento: o que é, quando usar e como montar a sua

Se a sua empresa funciona aos finais de semana ou feriados, ou se precisa manter atividades ativas 24h por dia, já deve ter se deparado com a necessidade de organizar turnos. E é aí que entra a escala de revezamento.

Ela é essencial para manter tudo funcionando sem sobrecarregar ninguém, e ainda garantir que a empresa esteja em dia com a legislação trabalhista.

A seguir, explicamos de forma prática:

  • O que é uma escala de revezamento;
  • Os modelos mais comuns;
  • Quando ela é necessária;
  • E o que você precisa observar para montar uma escala justa.

O que é uma escala de revezamento?

A escala de revezamento, também conhecida como escala de turno, é uma forma de organizar a jornada de trabalho entre diferentes colaboradores ou equipes, permitindo que as atividades da empresa sigam em funcionamento. Por meio dela, o RH distribui a carga horária em turnos (diurnos, noturnos ou mistos), respeitando os limites legais e garantindo períodos de descanso.

Essa é uma forma de distribuir a jornada de trabalho entre diferentes pessoas ou equipes, garantindo que sempre haja alguém disponível para manter as operações em andamento. E o melhor: sem ultrapassar os limites legais de carga horária.

Essa escala é muito comum em setores que não podem parar, como saúde, segurança, indústrias, comércio e transporte. Mas qualquer empresa pode adotá-la, desde que siga as regras da CLT.

O que a CLT diz sobre escalas de revezamento?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) garante ao trabalhador um descanso semanal de 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos. Mas quando o trabalho precisa acontecer aos domingos e feriados, a empresa deve montar uma escala de revezamento organizada, com o cronograma acessível e sujeito à fiscalização, conforme previsto pelo artigo 67 da CLT.

Além disso, é importante respeitar:

  • O limite de 44h semanais de trabalho (ou a jornada prevista em acordo/contrato);
  • Um intervalo mínimo de 11h entre uma jornada e outra;
  • O pagamento em dobro por trabalho em feriados (quando não compensado com folga);
  • No comércio, folga aos domingos ao menos a cada 3 semanas (para mulheres, quinzenalmente).
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Quais os tipos de escala de revezamento?

A escolha do modelo ideal depende do tipo de atividade e da rotina da empresa. Os mais comuns são:

Escala 6×1

Seis dias de trabalho para um de descanso. É o modelo mais usado no comércio e em atividades contínuas. A cada sete semanas, é obrigatório um domingo de folga.

Escala 5×1

Cinco dias trabalhados e um de folga. Com jornadas um pouco mais curtas (cerca de 7h20 por dia), é comum em atividades como telemarketing e vigilância.

Escala 6×2

Prevê seis dias de trabalho e dois de folga. Funciona bem em equipes que se revezam ou fazem rodízio, e permite melhor descanso sem extrapolar a jornada semanal.

Escala 12×36

Na escala 12x36, o trabalhador encara doze horas de trabalho seguidas por 36 horas de descanso. Bastante adotada em serviços de saúde, portaria e indústrias. Está prevista em lei desde a Reforma Trabalhista, mas ainda exige atenção às convenções coletivas.

Quando aplicar o revezamento?

A escala de revezamento é indicada quando a jornada da empresa não segue o "horário comercial padrão".

Ou seja, se sua operação:

  • precisa de cobertura aos domingos e feriados;
  • exige atendimento contínuo (sem pausas);
  • ou se divide em turnos com horários alternados.

Então, isso é um sinal de que o revezamento pode ser uma solução. Nesse caso, além de atender a demanda, ele ajuda a equilibrar a carga de trabalho da equipe e evitar sobrecarga.

Como montar uma escala de revezamento eficiente?

Para que seja realizada da forma correta, uma boa escala de revezamento precisa ser clara, justa e planejada com antecedência. Aqui vão algumas dicas práticas da Metadados:

  • Conheça sua operação: quantas pessoas você precisa por turno? Qual a carga horária ideal?
  • Mapeie os dias de trabalho e folga: considere os direitos legais e os acordos coletivos da sua categoria;
  • Organize em formato acessível: use planilhas, quadros ou softwares de gestão de RH que ajudem a visualizar os turnos, evitar conflitos e garantir transparência;
  • Compartilhe com a equipe com antecedência: isso ajuda na organização pessoal dos colaboradores e fortalece a confiança;
  • Use a tecnologia a seu favor: sistemas de gestão de jornada automatizam esse processo e ainda alertam sobre excessos ou conflitos legais.
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Dúvidas comuns sobre Escala de Revezamento

Pode fazer hora extra durante o revezamento?

Sim, desde que respeitado o intervalo de 11h entre jornadas. Lembrando que a hora extra deve ser paga com adicional de 50%, e nos fins de semana, com os adicionais previstos na convenção ou acordo.

O que fazer nos feriados?

Se a empresa costuma funcionar aos feriados, é possível sim escalar o colaborador, desde que seja concedida folga compensatória ou o pagamento em dobro da jornada.

O domingo de folga é obrigatório?

Sim, mas a frequência muda conforme o setor. Para o comércio, por exemplo, a regra é um domingo de folga a cada três semanas. No caso de mulheres, o descanso deve ser quinzenal.

Conclusão

Se a escala de revezamento ainda parece um desafio, saiba que você não precisa fazer isso sozinho: com a Metadados, você automatiza esse processo, evita erros e garante conformidade com a lei. E o melhor: sem planilhas e sem trabalho manual.

Se quiser automatizar esse processo e reduzir o retrabalho, conheça o Flow, o sistema da Metadados que torna o seu Departamento Pessoal mais leve e fluido. Com ele, você centraliza as atividades do DP em um só lugar, incluindo a gestão da Jornada de Trabalho.

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Conheça quem escreveu o artigo

  • Bruna Valtrick
    Bruna Valtrick

    Bruna é jornalista, produtora de conteúdo e estudante de Filosofia, especializada em SEO e Inbound Marketing e com 10 anos de experiência em redação de textos. Acredita que boas histórias valem mais do que palavras difíceis e que todo texto existe por um propósito. Na Metadados, cria conteúdos estratégicos e sempre atualizados sobre Recursos Humanos.

  • Daiane Marson
    Daiane Marson

    Formada em Ciências Contábeis e pós-graduada em Direito e Processo do Trabalho, Daiane atua na área de RH há 14 anos. Já foi consultora de aplicação na Metadados e atualmente é analista de RH na empresa.

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