Gestão de Pessoas7 de novembro de 2025

Esgotamento emocional no trabalho: como evitar?

Nem todo cansaço é normal. Saiba quando o esgotamento emocional acontece e o papel do RH em identificar os sintomas

Esgotamento emocional no trabalho: como evitar?

Muito se discute sobre o esgotamento mental no trabalho, mas você conhece o que é o esgotamento emocional?

Muitas vezes, ele se revela em um pedido de licença ou afastamento. Em outras, aparece durante uma conversa de feedback mais tensa. E às vezes, você só percebe quando a produtividade despenca, o absenteísmo cresce e as queixas se multiplicam.

O desafio do esgotamento emocional é que ele raramente vem com avisos claros. Ele se mistura à rotina, se disfarça de cansaço normal, e quando você finalmente consegue identificar o padrão, o estrago já está feito.

O papel do profissional de RH é buscar entender o que é o esgotamento emocional, identificar seus sinais e implementar estratégias preventivas na sua gestão de pessoas para amenizar ou até eliminar o problema.

Para isso, confira este guia completo preparado pela Metadados, empresa especializada em sistemas 360° para RH e Departamento Pessoal.

Boa leitura!

geral 2.webp

O que é esgotamento emocional no trabalho?

Diferente do cansaço comum, o esgotamento emocional é um estado de fadiga profunda em que o colaborador se sente completamente drenado mental e fisicamente. Ele ocorre quando a demanda por energia emocional e cognitiva supera a capacidade de recuperação.

Esse desgaste surge da exposição prolongada a estressores ocupacionais: prazos irrealistas, falta de reconhecimento, ambiguidade nas responsabilidades ou pressão constante por performance.

Uma pesquisa de 2024, realizada pela LiveCareer e baseada em entrevista com 1.160 trabalhadores nos EUA, apontou que 77% dos colaboradores são solicitados a fazer trabalho além de sua descrição de cargo pelo menos uma vez por semana.

No Brasil, um estudo da Forbes mostrou que quase a metade dos brasileiros se preocupa mais com sua saúde mental do que com o risco de ter câncer.

Este é o contexto em que o RH se encontra. Não é apenas sobre oferecer benefícios atrativos ou campanhas de bem-estar. É sobre reconhecer que o esgotamento emocional é um sintoma de algo que está errado no modelo de trabalho atual.

Sintomas de esgotamento emocional no trabalho

A diferença entre estar ocupado e estar esgotado está na capacidade de recuperação. Quando não há tempo para recarregar, o desgaste se acumula.

Quando falamos sobre esgotamento emocional, os sinais aparecem em múltiplas dimensões da vida do colaborador.

Uma pesquisa realizada pela Associação Americana de Psicologia sobre bem-estar no trabalho mostrou que:

  • Cerca de 44% dos colaboradores experimentam fadiga física relacionada ao estresse ocupacional;
  • 36% vivenciam cansaço cognitivo;
  • 32% sofrem com esgotamento emocional.

Na ambiente de trabalho, isso se reflete em fatores como:

Na dimensão física, o esgotamento emocional pode causar problemas de saúde como insônia crônica, dores de cabeça recorrentes, variações na pressão arterial, perda ou ganho de apetite significativo e até fadiga extrema.

Além disso, é bastante comum perceber problemas relacionados à esfera cognitiva, como:

  • Esquecimentos frequentes;
  • Dificuldade de concentração nas atividades do dia a dia;
  • Problemas e dificuldades na tomada de decisão;
  • Ruídos constantes de comunicação.

Na prática, isso resulta na queda na qualidade do trabalho realizado, em um presenteísmo crescente e, em alguns casos, até em uma demissão silenciosa.

Infográfico de Desenvolvimento de Líderes com IA. Acesse!

Esgotamento ou burnout? Entenda a diferença

Embora frequentemente tratados como termos equivalentes, existe uma diferença importante entre a Síndrome de Burnout e o esgotamento emocional:

  • O esgotamento emocional representa a fadiga em si, o sentimento de estar drenado. É o primeiro sinal de alerta para um problema maior;
  • Já a síndrome de burnout é mais abrangente, sendo inclusive reconhecida pela Organização Mundial da Saúde desde 2022 como doença ocupacional.

Portanto, enquanto o esgotamento emocional pode ter origem multifatorial, o burnout necessariamente emerge das condições inadequadas do ambiente de trabalho.

Uma das formas de resolver problemas de esgotamento físico e emocional é por meio de uma liderança humanizada.

Para saber mais, confira este episódio do Talks, o videocast da Metadados, com um bate-papo sobre o assunto com a jornalista e especialista em Comunicação Empresarial Ana Laura Paraginski.

Como o RH pode evitar o esgotamento emocional?

O departamento de Recursos Humanos está na linha de frente dessa batalha. Um dos primeiros passos é identificar as áreas ou colaboradores mais propensos ao esgotamento e implementar iniciativas para reduzir esses riscos.

A seguir, confira algumas dicas de como evitar ou reduzir o esgotamento emocional nas equipes:

  • Diagnóstico de capacidades: trabalhar com as lideranças para avaliar a capacidade produtiva de cada colaborador, considerando não apenas suas habilidades técnicas, mas também sua disposição emocional;
  • Estímulo à criação de limites saudáveis: a prevenção do esgotamento pode ser incentivada a cultura de equilíbrio, com orientações de desconexão digital, respeito aos horários e pausas. Também é importante acompanhar cargas horárias e bancos de horas para evitar sobrecarga silenciosa;
  • Recrutamento e alocação estratégica: em muitos casos, considerar aumentar a equipe ou alocar colaboradores em diferentes áreas ou departamentos pode ajudar a solucionar o problema. Não se trata apenas de preencher vagas ou fazer um trabalho de job rotation, mas de sincronizar pessoas ao trabalho certo;
  • Fomento a práticas de atenção plena e gestão emocional: oferecer práticas curtas de mindfulness, respiração e meditação durante o expediente ajuda a reduzir o estresse e ampliar o foco. Incluir temas como inteligência emocional e resiliência nos programas de desenvolvimento;
  • Educação sobre riscos psicossociais: treine suas lideranças para reconhecer fatores psicossociais que contribuem para o esgotamento. Para entender melhor esses riscos e como mitigá-los, consulte nosso guia completo sobre riscos psicossociais;
  • Maior flexibilidade: oferecer opções de trabalho remoto, jornadas flexíveis e respeito a limites entre vida pessoal e profissional faz toda a diferença. Não se trata de trabalhar menos, mas de reconhecer que produtividade também pede o descanso adequado;
  • Construção de redes de apoio: quando estamos passando por um momento difícil, o apoio da empresa e dos colegas pode ser essencial. Por isso, busque fomentar uma cultura de segurança psicológica, na qual pedir ajuda é algo encorajado. Se possível, crie canais seguros para que seus colaboradores possam expor seus problemas, sejam eles profissionais ou pessoais.

Vibe: o sistema Metadados para a sua gestão de pessoas

Se você precisa de um sistema de RH que ajude a fortalecer o relacionamento entre líderes e times, o Vibe é a escolha certa.

Com ele, você realiza o reconhecimento de colaboradores por meio de feedbacks inteligentes e estratégicos, alinhados aos valores e objetivos da organização.

Além disso, o Vibe permite a realização de conversas de carreira e reuniões one-on-one, ideais para estreitar o relacionamento entre a liderança e seus times e identificar qualquer sinal de esgotamento emocional ou físico.

Agende uma demonstração e entenda como funciona. É 100% gratuito e sem compromisso. Clique no banner e fale com um de nossos especialistas!

Banner do Produto Vibe, da Metadados

Conheça quem escreveu o artigo

  • Bruna Valtrick
    Bruna Valtrick

    Bruna é jornalista, produtora de conteúdo e estudante de Filosofia, especializada em SEO e Marketing de Conteúdo, e com 10 anos de experiência em redação de textos. Na Metadados, cria conteúdos estratégicos e sempre atualizados sobre Recursos Humanos.

  • Riele de Souza do Rosario
    Riele de Souza do Rosario

    Formada em Gestão de Recursos Humanos, possui mais de 6 anos de experiência em trilhas de aprendizagem, programas de capacitação, desenvolvimento de lideranças e estratégias voltadas à valorização de talentos e ao fortalecimento da performance organizacional. Atualmente cursa MBA em Desenvolvimento Humano Organizacional e atua como Analista de Educação Corporativa na Metadados.

Conteúdos que
você vai gostar