Imagem de um cofre em formato de porco.

Diversos são os fatores responsáveis pelo crescimento e pela prosperidade de uma empresa. Não há dúvida de que precisamos oferecer um produto ou serviço de qualidade, ou, ainda, de que precisamos contar com um forte setor de logística, para que esse produto chegue ao cliente a um preço competitivo, por exemplo. No entanto, nenhum desses recursos é mais importante do que o investimento em pessoas!

Sem um time de profissionais devidamente qualificados e motivados, nenhum desses objetivos pode ser alcançado. Além disso, sabemos que o planejamento orçamentário na área de departamento pessoal ou recursos humanos não é exatamente uma tarefa das mais simples. Isso porque envolve um número grande de variáveis, a maioria das quais não depende por completo da vontade da empresa, como a ocorrência de acidentes, o surgimento de novas leis, acordos e dissídios coletivos, etc.

Diante da importância estratégica da gestão de pessoas e das particularidades que envolvem a orçamentação de pessoal, decidimos dedicar um artigo para tratar exclusivamente do assunto. Confira!

O que é orçamentação de pessoal?

A orçamentação de pessoal, também conhecida como orçamentação de recursos humanos, nada mais é do que uma projeção de todos os gastos que a empresa virá a ter com seus funcionários durante determinado período de tempo.

É muito comum que o planejamento seja feito de forma anual, mas nada impede que trabalhemos com outros prazos, a depender das especificidades da companhia. Parece simples, mas são muitos os custos que fazem parte desse processo, como veremos na sequência.

Salários

O salário pode ser definido como toda remuneração direta paga ao colaborador em virtude do trabalho realizado. Eles podem ser classificados em salários fixos e variáveis. A grande diferença entre um e outro, é que o salário variável é uma forma de recompensa dada ao trabalhador, que se soma à sua remuneração fixa.

Geralmente, o salário variável está atrelado ao desempenho individual de cada profissional ou então ao desempenho da equipe ou da corporação como um todo. O salário fixo, por sua vez, é aquele que o funcionário recebe independentemente da aferição do desempenho, seja individual, seja coletivo. Trata-se do mínimo, abaixo do qual não se cogita receber.

Encargos

São prestações obrigatórias previstas em lei. Por vezes, essas importâncias são pagas diretamente ao trabalhador, como é o caso de adicional de férias, décimo terceiro salário, adicional noturno, de insalubridade, de periculosidade, repouso remunerado, licenças e ausências remuneradas.

Em outros casos, os valores são devidos ao Estado, para posteriormente serem revertidos em favor do trabalhador, como é o caso das contribuições do INSS e do FGTS.

Benefícios

Os benefícios são importantes prestações oferecidas pela empresa para seus funcionários, que contribuem em muito para sua qualidade de vida, porém não têm natureza salarial.

Estamos nos referindo ao auxílio refeição, transporte, previdência privada, bolsa de estudos, plano de saúde, plano odontológico, auxílio medicamento, entre outros.

Além destes, outros itens podem compor a orçamentação de pessoal, de acordo com a realidade de cada organização, como por exemplo, investimentos em treinamento e desenvolvimento, endomarketing, entre outros.

Como fazer um processo de orçamentação de pessoal?

É muito importante que, no momento de planejar os custos com pessoal, não nos esqueçamos de incluir também as despesas com benefícios e encargos trabalhistas, afinal, como acabamos de ver, os gastos com recursos humanos não se resumem apenas ao pagamento da folha salarial dos colaboradores. Merecem destaque especial o décimo terceiro salário e o adicional de férias, duas cascas de banana no caminho do planejamento de recursos humanos.

Além disso, temos que levar em conta as potenciais despesas com dissídios e acordos coletivos, visando à manutenção do poder de compra do salário dos trabalhadores, bem como as reivindicações dos próprios funcionários por maiores salários, os reajustes contratuais dos planos de saúde e odontológico, o aumento no valor da passagem de ônibus, o aumento dos gastos com refeição etc. Lamentavelmente, não considerar esses fatores é um erro muito comum e que pode causar sérios rombos no caixa da empresa.

Se você está pensando que apenas uma máquina seria capaz de fazer planejamento levando em consideração todos esses dados, saiba que não está muito longe da realidade. É claro que o gestor sempre será a figura central do planejamento e de todo e qualquer processo decisório dentro da companhia, mas é difícil falar em planejamento hoje em dia sem contar com o apoio da tecnologia.

A cobrança em cima do profissional de RH é cada dia maior e fica difícil dar uma resposta à altura sem contar com um bom software de gestão de cargos e salários. Com ele, podemos gerenciar a remuneração dos funcionários e fazer a orçamentação de pessoal de forma mais organizada e simples, possibilitando, inclusive, a criação de remuneração por competências e plano de carreira dos funcionários da empresa.

Além disso, através de um software é possível acompanhar mensalmente os custos que foram planejados e os que efetivamente aconteceram, possibilitando maior gestão sobre os indicadores e segurança para a tomada de decisão.

O que a empresa tem a ganhar com isso?

Antes de nos perguntarmos o que a empresa tem a ganhar com isso, é importante notar que há uma questão anterior: a garantia de que reduziremos o risco da corporação perder dinheiro com a falta de planejamento.

A ausência de uma orçamentação de pessoal eficiente pode fazer com que a companhia recorra aos juros altos praticados pelos bancos para quitar eventuais dívidas com seus funcionários. Este é o cenário que devemos trabalhar duro para evitar a qualquer custo.

Além de uma segurança maior, também salta aos olhos que o alinhamento orçamentário da organização no que concerne ao gerenciamento de recursos humanos pode impulsionar seus indicadores de desempenho. Os chamados KPIs (Key Performance Indicators) são uma forma, muito adotada no mundo empresarial, de mensurar os resultados do negócio. Os indicadores são importantes, pois são utilizados para analisar a atual situação da empresa e para planejar os próximos passos a serem dados.

Em conclusão, vimos que a organização que não planeja os custos que tem com pessoal aumenta significativamente o risco de criar um déficit no caixa, o que muitas vezes resulta na necessidade de recorrer às linhas de crédito com juros altos.

Vimos ainda que, com o auxílio da tecnologia da informação, qualquer negócio pode implementar um processo de orçamentação de pessoal e organizar a remuneração de seus funcionários de forma simples e sem maiores complicações. Como resultado do bom trabalho de planejamento, a tendência é melhorar os indicadores de desempenho da instituição.

Agora que você entendeu o que é e como fazer a orçamentação de pessoal da sua empresa, é uma boa pedida compreender como organizar o departamento de pessoal de forma eficiente! Boa leitura!

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