Outubro Rosa: o papel do RH na saúde da mulher
Como o RH pode transformar informação e acolhimento em prevenção

O Outubro Rosa é mais do que uma campanha de conscientização: é uma oportunidade para que empresas e profissionais de RH promovam saúde, informação e acolhimento dentro do ambiente de trabalho.
No Brasil, o cenário do câncer de mama ainda é preocupante: segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que cerca de 74 mil novos casos sejam diagnosticados em 2025, consolidando o câncer de mama como o tipo mais prevalente entre as mulheres brasileiras.
Além disso, o país enfrenta mais de 17 mil novos casos anuais de câncer do colo do útero, que permanece uma das principais causas de adoecimento e morte entre as mulheres.
Diante desse quadro, o RH tem um papel estratégico na criação de ações que unam gestão de pessoas, políticas de benefícios e informação de qualidade, além de estimular o autocuidado das colaboradoras.
A seguir, confira um guia completo e atualizado sobre o assunto, desenvolvido pela Metadados, especialista em sistemas para RH e sua parceira de todos os momentos.
Panorama do câncer de mama e colo do útero no Brasil
O câncer de mama ainda é o tipo mais comum entre as mulheres brasileiras, representando 28% dos novos casos a cada ano. Quando detectado em sua fase inicial, as chances de cura podem ultrapassar 95%.
Atualmente, a mamografia ainda é o exame de rastreamento mais recomendado para mulheres a partir dos 40 anos, e deve ser realizada regularmente entre 50 e 69 anos.
Já o câncer do colo do útero é o terceiro câncer mais frequente em mulheres brasileiras, especialmente em áreas com menor desenvolvimento social. Atualmente, são mais de 17 mil novos casos esperados ao ano.
Esses números mostram por que a conscientização é tão importante. Afinal, quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura e menores os impactos físicos, emocionais e sociais da doença.
Conheça os principais fatores de risco e prevenção
Para compreender como agir de forma efetiva na prevenção, o Recursos Humanos deve estar a par dos números e conhecer os principais fatores que aumentam o risco de câncer de mama e do colo do útero nas mulheres.
A seguir, confira mais sobre essas doenças e estratégias que podem ajudar a reduzir a incidência de cada uma delas.
Câncer de mama
- O risco pode ser aumentado devido a fatores como obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e uso prolongado de terapia hormonal;
- Outras causas envolvem histórico familiar, mutações genéticas (BRCA1, BRCA2), início precoce da menstruação e menopausa tardia;
- O risco pode ser reduzido por meio da amamentação, alimentação saudável e atividade física regular.
Câncer do colo do útero
- Causado pela infecção persistente pelo HPV, principalmente os tipos 16 e 18, responsáveis por 70% dos casos;
- Outros fatores relacionados: início precoce da vida sexual, múltiplos parceiros, tabagismo e uso prolongado de anticoncepcionais;
- Atualmente, a vacinação contra HPV para meninas e meninos entre 9 e 14 anos é a principal medida preventiva eficaz.
Como já mencionamos, o diagnóstico precoce do câncer de mama pode elevar as chances de cura para além de 95%, reduzindo a necessidade de tratamentos mais agressivos.
Para o câncer do colo do útero, o exame preventivo Papanicolau, realizado a cada três anos para mulheres entre 25 e 64 anos, é fundamental para identificação e tratamento de lesões precursoras.
Você sabia?
Apesar de raro, o câncer de mama também pode acometer homens adultos (com incidência em apenas 1% dos casos), principalmente entre 50 e 70 anos, e por isso deve ser igualmente alertado.
Por que é importante para o RH e o DP trabalhar a data?
Trabalhar o Outubro Rosa na empresa vai muito além de uma ação pontual de conscientização: mostra um compromisso genuíno com a responsabilidade social e o bem-estar integral das colaboradoras.
Ao promover ações educativas, facilitar o acesso a exames preventivos e criar um ambiente acolhedor para falar sobre o assunto, o RH e o DP fortalecem a cultura de cuidado na organização.
Esse investimento traz uma série de benefícios:
- Colaboradoras mais amparadas e com acesso a informações confiáveis sobre prevenção;
- Menos afastamentos por questões de saúde física e psicológica;
- Um ambiente de trabalho mais saudável, reduzindo o estresse e a ansiedade;
- Aumento da produtividade e do engajamento das equipes.

O que o RH pode fazer no Outubro Rosa?
Durante o Outubro Rosa, o profissional de RH é a ponte entre informação e prática.
Justamente por isso, seu papel vai muito além de organizar eventos: é ele o responsável por criar um ambiente onde as colaboradoras se sintam informadas, seguras e incentivadas a cuidar da sua saúde.
Algumas ações promovidas no Outubro Rosa que podem ser encabeçadas pelo RH são:
Planejamento e comunicação
- Estruture uma equipe, um cronograma e um orçamento para implementar a campanha durante o mês de outubro;
- Promova uma comunicação diversificada com conteúdos claros e confiáveis para desmistificar mitos, educar sobre fatores de risco e indicar procedimentos preventivos. Uma boa dose de informação confiável é essencial para o diagnóstico precoce;
- Garanta o envolvimento das lideranças como multiplicadores da cultura de cuidado, inspirando liderados e motivando as equipes a se engajarem na campanha.
Educação e capacitação de colaboradores
- O RH pode organizar palestras e workshops com especialistas no assunto, tanto para abordar prevenção do câncer de mama como do colo do útero. Outros assuntos que podem ser abordados são o autoexame, a vacinação contra HPV e os sinais de alerta;
- Ofereça treinamentos práticos para ensinar a realização correta do autoexame das mamas;
- Não envolva apenas as mulheres, mas sim colaboradores de todos os sexos, reforçando a inclusão e a conscientização de toda a empresa.
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Outubro Rosa e o Departamento Pessoal
Enquanto o RH trabalha com o engajamento, o Departamento Pessoal pode transformar esse discurso em prática, conectando os benefícios da empresa à saúde das mulheres:
- Assegure que o plano de saúde corporativo cubra exames necessários, como mamografias e consultas ginecológicas;
- Facilite agendamentos e oferte a flexibilização de horários e folgas para realização de exames preventivos e acompanhamento terapêutico;
- Divulgue os direitos legais das colaboradoras, incluindo direito à mamografia a partir dos 40 anos, início de tratamento em até 60 dias após diagnóstico e reconstrução mamária imediata;
- Ofereça suporte psicológico e programas de reintegração ao trabalho para colaboradoras em tratamento.
Direitos das mulheres com câncer de mama
O RH também deve estar atento à legislação trabalhista, uma vez que possui artigos que impactam diretamente as colaboradoras diagnosticadas:
- Lei dos 60 dias (12.732/12): o tratamento deve iniciar no máximo em 60 dias após o diagnóstico;
- Lei 12.802/13: garante reconstrução mamária imediata após mastectomia, quando houver condições clínicas;
- Lei 11.664/08: assegura mamografia anual a partir dos 40 anos.
Incluir esses direitos em campanhas de Comunicação Interna ajuda a informar colaboradoras e a combater a desinformação.
Como estruturar uma campanha na sua empresa?
Aqui está um passo a passo prático para o RH colocar a campanha de Outubro Rosa em ação:
1. Planejamento
- Defina o objetivo principal: aumentar a adesão a exames? Combater mitos? Fortalecer a imagem de cuidado da empresa?
- Estabeleça indicadores: número de colaboradoras que realizaram exames, alcance de comunicações internas, participação em eventos etc.
2. Comunicação Interna
- Crie uma identidade visual para o Outubro Rosa da empresa;
- Use diferentes canais: murais, intranet, WhatsApp corporativo, e-mails e até brindes como broches ou bótons com o laço rosa;
- Compartilhe dados oficiais (INCA, Sociedade Brasileira de Mastologia) para reforçar credibilidade e espalhar informações confiáveis.
3. Engajamento
- Realize palestras com especialistas da área da saúde (ginecologistas, nutricionistas, psicólogos);
- Organize dias temáticos, como “Dia Rosa”, em que todos vestem rosa e compartilham mensagens de apoio;
- Promova desafios de bem-estar, como metas de caminhada, incentivo à alimentação saudável, pausas ativas no trabalho etc.
4. Benefícios e suporte
- Ofereça subsídios para mamografia ou outros exames preventivos;
- Estimule a amamentação como fator protetor, apoiando políticas de licença e sala de apoio à lactação;
- Garanta que colaboradoras em tratamento tenham flexibilidade e suporte psicológico.
5. Integração com o negócio
- Mostre o impacto da campanha nos relatórios de ESG ou responsabilidade social.
- Engaje parceiros e clientes: afinal, a campanha pode extrapolar os muros da empresa e fortalecer a reputação da sua marca.
Mitos e verdades sobre o Câncer de mama: o que o RH deve reforçar
Como profissional de RH, é também seu papel desmistificar alguns mitos sobre o câncer de mama durante a campanha de Outubro Rosa na empresa.
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia:
- O uso de anticoncepcional, desodorante ou silicone não causa câncer.
- O tabagismo e consumo de álcool aumentam significativamente o risco da doença;
- Apenas 5% a 10% dos casos de câncer de mama têm causa genética;
- Hábitos saudáveis (como peso adequado, atividade física e alimentação balanceada) podem reduzir o risco da doença em até 28%.
Trazer esse conteúdo para a sua comunicação interna ajuda a corrigir percepções equivocadas e incentivar mudanças reais de comportamento.
Conclusão
Como vimos, o Outubro Rosa e o RH têm tudo a ver, já que essa é uma oportunidade para transformar a cultura da empresa, priorizar a saúde da mulher e ajudar na prevenção de doenças.
O engajamento em campanhas que unem informação de qualidade, ações práticas e apoio emocional ajuda na detecção precoce e no combate eficaz ao câncer de mama e ao câncer do colo do útero.
Com isso, sua empresa não só ganha credibilidade, mas também ajuda a promover a saúde e o bem-estar das suas colaboradoras.
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