Gestão de Pessoas7 de outubro de 2025

Outubro Rosa: o papel do RH na saúde da mulher

Como o RH pode transformar informação e acolhimento em prevenção

Outubro Rosa: o papel do RH na saúde da mulher

O Outubro Rosa é mais do que uma campanha de conscientização: é uma oportunidade para que empresas e profissionais de RH promovam saúde, informação e acolhimento dentro do ambiente de trabalho.

No Brasil, o cenário do câncer de mama ainda é preocupante: segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que cerca de 74 mil novos casos sejam diagnosticados em 2025, consolidando o câncer de mama como o tipo mais prevalente entre as mulheres brasileiras.

Além disso, o país enfrenta mais de 17 mil novos casos anuais de câncer do colo do útero, que permanece uma das principais causas de adoecimento e morte entre as mulheres.

Diante desse quadro, o RH tem um papel estratégico na criação de ações que unam gestão de pessoas, políticas de benefícios e informação de qualidade, além de estimular o autocuidado das colaboradoras.

A seguir, confira um guia completo e atualizado sobre o assunto, desenvolvido pela Metadados, especialista em sistemas para RH e sua parceira de todos os momentos.

Panorama do câncer de mama e colo do útero no Brasil

O câncer de mama ainda é o tipo mais comum entre as mulheres brasileiras, representando 28% dos novos casos a cada ano. Quando detectado em sua fase inicial, as chances de cura podem ultrapassar 95%.

Atualmente, a mamografia ainda é o exame de rastreamento mais recomendado para mulheres a partir dos 40 anos, e deve ser realizada regularmente entre 50 e 69 anos.

Já o câncer do colo do útero é o terceiro câncer mais frequente em mulheres brasileiras, especialmente em áreas com menor desenvolvimento social. Atualmente, são mais de 17 mil novos casos esperados ao ano.

Esses números mostram por que a conscientização é tão importante. Afinal, quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura e menores os impactos físicos, emocionais e sociais da doença.

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Conheça os principais fatores de risco e prevenção

Para compreender como agir de forma efetiva na prevenção, o Recursos Humanos deve estar a par dos números e conhecer os principais fatores que aumentam o risco de câncer de mama e do colo do útero nas mulheres.

A seguir, confira mais sobre essas doenças e estratégias que podem ajudar a reduzir a incidência de cada uma delas.

Câncer de mama

  • O risco pode ser aumentado devido a fatores como obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e uso prolongado de terapia hormonal;
  • Outras causas envolvem histórico familiar, mutações genéticas (BRCA1, BRCA2), início precoce da menstruação e menopausa tardia;
  • O risco pode ser reduzido por meio da amamentação, alimentação saudável e atividade física regular.

Câncer do colo do útero

  • Causado pela infecção persistente pelo HPV, principalmente os tipos 16 e 18, responsáveis por 70% dos casos;
  • Outros fatores relacionados: início precoce da vida sexual, múltiplos parceiros, tabagismo e uso prolongado de anticoncepcionais;
  • Atualmente, a vacinação contra HPV para meninas e meninos entre 9 e 14 anos é a principal medida preventiva eficaz.

Como já mencionamos, o diagnóstico precoce do câncer de mama pode elevar as chances de cura para além de 95%, reduzindo a necessidade de tratamentos mais agressivos.

Para o câncer do colo do útero, o exame preventivo Papanicolau, realizado a cada três anos para mulheres entre 25 e 64 anos, é fundamental para identificação e tratamento de lesões precursoras.

Você sabia?

Apesar de raro, o câncer de mama também pode acometer homens adultos (com incidência em apenas 1% dos casos), principalmente entre 50 e 70 anos, e por isso deve ser igualmente alertado.

Por que é importante para o RH e o DP trabalhar a data?

Trabalhar o Outubro Rosa na empresa vai muito além de uma ação pontual de conscientização: mostra um compromisso genuíno com a responsabilidade social e o bem-estar integral das colaboradoras.

Ao promover ações educativas, facilitar o acesso a exames preventivos e criar um ambiente acolhedor para falar sobre o assunto, o RH e o DP fortalecem a cultura de cuidado na organização.

Esse investimento traz uma série de benefícios:

  • Colaboradoras mais amparadas e com acesso a informações confiáveis sobre prevenção;
  • Menos afastamentos por questões de saúde física e psicológica;
  • Um ambiente de trabalho mais saudável, reduzindo o estresse e a ansiedade;
  • Aumento da produtividade e do engajamento das equipes.
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O que o RH pode fazer no Outubro Rosa?

Durante o Outubro Rosa, o profissional de RH é a ponte entre informação e prática.

Justamente por isso, seu papel vai muito além de organizar eventos: é ele o responsável por criar um ambiente onde as colaboradoras se sintam informadas, seguras e incentivadas a cuidar da sua saúde.

Algumas ações promovidas no Outubro Rosa que podem ser encabeçadas pelo RH são:

Planejamento e comunicação

  • Estruture uma equipe, um cronograma e um orçamento para implementar a campanha durante o mês de outubro;
  • Promova uma comunicação diversificada com conteúdos claros e confiáveis para desmistificar mitos, educar sobre fatores de risco e indicar procedimentos preventivos. Uma boa dose de informação confiável é essencial para o diagnóstico precoce;
  • Garanta o envolvimento das lideranças como multiplicadores da cultura de cuidado, inspirando liderados e motivando as equipes a se engajarem na campanha.

Educação e capacitação de colaboradores

  • O RH pode organizar palestras e workshops com especialistas no assunto, tanto para abordar prevenção do câncer de mama como do colo do útero. Outros assuntos que podem ser abordados são o autoexame, a vacinação contra HPV e os sinais de alerta;
  • Ofereça treinamentos práticos para ensinar a realização correta do autoexame das mamas;
  • Não envolva apenas as mulheres, mas sim colaboradores de todos os sexos, reforçando a inclusão e a conscientização de toda a empresa.

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Outubro Rosa e o Departamento Pessoal

Enquanto o RH trabalha com o engajamento, o Departamento Pessoal pode transformar esse discurso em prática, conectando os benefícios da empresa à saúde das mulheres:

  • Assegure que o plano de saúde corporativo cubra exames necessários, como mamografias e consultas ginecológicas;
  • Facilite agendamentos e oferte a flexibilização de horários e folgas para realização de exames preventivos e acompanhamento terapêutico;
  • Divulgue os direitos legais das colaboradoras, incluindo direito à mamografia a partir dos 40 anos, início de tratamento em até 60 dias após diagnóstico e reconstrução mamária imediata;
  • Ofereça suporte psicológico e programas de reintegração ao trabalho para colaboradoras em tratamento.

Direitos das mulheres com câncer de mama

O RH também deve estar atento à legislação trabalhista, uma vez que possui artigos que impactam diretamente as colaboradoras diagnosticadas:

  • Lei dos 60 dias (12.732/12): o tratamento deve iniciar no máximo em 60 dias após o diagnóstico;
  • Lei 12.802/13: garante reconstrução mamária imediata após mastectomia, quando houver condições clínicas;
  • Lei 11.664/08: assegura mamografia anual a partir dos 40 anos.

Incluir esses direitos em campanhas de Comunicação Interna ajuda a informar colaboradoras e a combater a desinformação.

Como estruturar uma campanha na sua empresa?

Aqui está um passo a passo prático para o RH colocar a campanha de Outubro Rosa em ação:

1. Planejamento

  • Defina o objetivo principal: aumentar a adesão a exames? Combater mitos? Fortalecer a imagem de cuidado da empresa?
  • Estabeleça indicadores: número de colaboradoras que realizaram exames, alcance de comunicações internas, participação em eventos etc.

2. Comunicação Interna

  • Crie uma identidade visual para o Outubro Rosa da empresa;
  • Use diferentes canais: murais, intranet, WhatsApp corporativo, e-mails e até brindes como broches ou bótons com o laço rosa;
  • Compartilhe dados oficiais (INCA, Sociedade Brasileira de Mastologia) para reforçar credibilidade e espalhar informações confiáveis.

3. Engajamento

  • Realize palestras com especialistas da área da saúde (ginecologistas, nutricionistas, psicólogos);
  • Organize dias temáticos, como “Dia Rosa”, em que todos vestem rosa e compartilham mensagens de apoio;
  • Promova desafios de bem-estar, como metas de caminhada, incentivo à alimentação saudável, pausas ativas no trabalho etc.

4. Benefícios e suporte

  • Ofereça subsídios para mamografia ou outros exames preventivos;
  • Estimule a amamentação como fator protetor, apoiando políticas de licença e sala de apoio à lactação;
  • Garanta que colaboradoras em tratamento tenham flexibilidade e suporte psicológico.

5. Integração com o negócio

Mitos e verdades sobre o Câncer de mama: o que o RH deve reforçar

Como profissional de RH, é também seu papel desmistificar alguns mitos sobre o câncer de mama durante a campanha de Outubro Rosa na empresa.

Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia:

  • O uso de anticoncepcional, desodorante ou silicone não causa câncer.
  • O tabagismo e consumo de álcool aumentam significativamente o risco da doença;
  • Apenas 5% a 10% dos casos de câncer de mama têm causa genética;
  • Hábitos saudáveis (como peso adequado, atividade física e alimentação balanceada) podem reduzir o risco da doença em até 28%.

Trazer esse conteúdo para a sua comunicação interna ajuda a corrigir percepções equivocadas e incentivar mudanças reais de comportamento.

Conclusão

Como vimos, o Outubro Rosa e o RH têm tudo a ver, já que essa é uma oportunidade para transformar a cultura da empresa, priorizar a saúde da mulher e ajudar na prevenção de doenças.

O engajamento em campanhas que unem informação de qualidade, ações práticas e apoio emocional ajuda na detecção precoce e no combate eficaz ao câncer de mama e ao câncer do colo do útero.
Com isso, sua empresa não só ganha credibilidade, mas também ajuda a promover a saúde e o bem-estar das suas colaboradoras.

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Conheça quem escreveu o artigo

  • Bruna Valtrick
    Bruna Valtrick

    Bruna é jornalista, produtora de conteúdo e estudante de Filosofia, especializada em SEO e Marketing de Conteúdo, e com 10 anos de experiência em redação de textos. Na Metadados, cria conteúdos estratégicos e sempre atualizados sobre Recursos Humanos.

  • Liliane Mrás Silveira
    Liliane Mrás Silveira

    Formada em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Luterana do Brasil, Pós Graduada em Coaching com ênfase em PNL pela universidade IERGS/UNIASSELVI e em Neurociência Comportamental e Organizacional pela universidade La Salle. Com mais de 10 anos de experiência na área de gestão de pessoas, atua como analista de recursos humanos na Metadados.

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