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Saúde e Segurança12 de maio de 2025

Mapa de Riscos: o que é, qual sua importância para a SST e como fazer

Mais do que obrigatório por lei, o Mapa de Riscos é um aliado do RH na construção de um ambiente de trabalho seguro

Mapa de Riscos: o que é, qual sua importância para a SST e como fazer

Cuidar da saúde e da segurança dos trabalhadores é mais do que algo exigido por lei: é uma demonstração clara de respeito pelas pessoas que fazem a empresa funcionar. Nesse sentido, o Mapa de Riscos chega como uma ferramenta prática para aumentar a segurança no ambiente de trabalho.

Além disso, sua elaboração também visa apoiar a atuação do RH e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, a chamada CIPA.

Mas, afinal, o que é um Mapa de Riscos, qual a importância do Mapa de Riscos dentro da Segurança e Saúde no Trabalho (SST) e como fazer um Mapa de Riscos que realmente funcione no dia a dia da sua empresa?

Vamos encontrar essas respostas juntos.
Boa leitura!

O que é um Mapa de Riscos?

O Mapa de Riscos é uma representação visual dos diversos fatores existentes no ambiente de trabalho que podem colocar em risco a saúde dos colaboradores, provocando acidentes ou doenças ocupacionais.

Cada tipo de risco é representado por uma cor, e o seu grau de intensidade é indicado pelo tamanho dos círculos:

  • Verde: riscos físicos (ruído, calor, frio, radiações);
  • Vermelho: riscos químicos (poeiras, vapores, substâncias químicas);
  • Marrom: riscos biológicos (vírus, bactérias, fungos);
  • Amarelo: riscos ergonômicos (postura inadequada, esforço repetitivo);
  • Azul: riscos de acidentes (quedas, choques elétricos, atropelamentos).
Mapa de Riscos: simbologia das cores

Geralmente, o mapa é construído a partir de um croqui (ou esboço) do local de trabalho, preferencialmente de uma maneira simples, priorizando a visualização rápida e inteligível dos perigos por todos os colaboradores.

Mais do que um quadro na parede, o Mapa de Riscos deve ser um instrumento vivo, que reflete as mudanças do ambiente e orienta as pessoas da empresa a tomar ações concretas de prevenção.

Os riscos psicossociais entram no Mapa de Riscos?

Pressão excessiva, assédio moral, sobrecarga de trabalho, longas jornadas e relações interpessoais conflituosas: esses são exemplos de riscos psicossociais, que impactam diretamente a saúde mental e emocional dos trabalhadores. E sim, eles também devem ser incluídos no Mapa de Riscos.

Atualmente, esses fatores são reconhecidos pelas normas regulamentadoras como parte dos riscos ergonômicos e organizacionais. Isso porque estão ligados à forma como o trabalho é estruturado, desde o ritmo até a cultura da empresa.

Com a nova redação da NR 1, que entra em vigor no dia 26 de maio de 2025, a inclusão dos riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) torna-se obrigatória.

Importante dizer que haverá um período de adaptação de um ano, durante o qual as empresas não serão autuadas ou multadas. Porém, a recomendação é clara: incluir esses riscos desde já é uma boa prática de gestão e demonstra cuidado com a saúde do seu time.

Mais do que atender a uma exigência legal, mapear os riscos psicossociais é uma forma de promover um ambiente mais saudável, humano e produtivo. Afinal, segurança do trabalho também envolve bem-estar emocional.

Qual a relação entre Mapa de Riscos, a NR-5 e a CIPA?

O Mapa de Riscos é regulamentado pela Norma Regulamentadora NR-5, que trata da criação e do funcionamento da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

Segundo a NR-5, é responsabilidade da CIPA:

  • Identificar os riscos nos ambientes de trabalho;
  • Elaborar e manter atualizado o Mapa de Riscos;
  • Promover a conscientização dos trabalhadores sobre a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

Essas ações fazem parte do compromisso da CIPA com a promoção de ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis. Para isso, a participação ativa dos trabalhadores é essencial, tanto no processo eleitoral da comissão quanto na construção coletiva do Mapa de Riscos.

Aliás, a nova redação da NR-5 reforça a importância de garantir um processo eleitoral democrático, transparente e acessível, que assegure a representatividade dos empregados na CIPA. Quando bem conduzido, esse processo fortalece a legitimidade da comissão e estimula o engajamento nas ações de prevenção.

Na construção do Mapa de Riscos, esse engajamento faz toda a diferença. Afinal, são os trabalhadores que conhecem de perto a realidade de cada atividade, percebendo riscos que muitas vezes podem passar despercebidos para quem não está diretamente envolvido.

Dessa forma, o Mapa se torna mais do que uma exigência normativa: ele se transforma em uma ponte entre a gestão de Saúde e Segurança do Trabalho e a vivência prática do dia a dia, fortalecendo a cultura de segurança e promovendo um ambiente mais responsável.

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A importância do Mapa de Riscos na Segurança e Saúde no Trabalho

Mapa de Riscos: ilustração de piso molhado

O Mapa de Riscos cumpre vários papeis dentro da gestão de SST, todos conectados à preservação da vida e da saúde no ambiente de trabalho. Vamos ver os principais:

  • Antecipação de riscos: identificar os perigos existentes permite agir antes que ocorram acidentes ou doenças. Essa antecipação busca reduzir impactos tanto para o trabalhador quanto para a empresa;

  • Redução de afastamentos e custos: ambientes mais seguros diminuem afastamentos por acidente ou doença ocupacional, reduzindo também custos com benefícios, processos judiciais e substituição de pessoal;

  • Cumprimento das obrigações legais: manter o Mapa de Riscos atualizado é uma exigência da legislação trabalhista brasileira. O não cumprimento pode gerar autuações e multas;

  • Subsídio para avaliações técnicas: complementa laudos, perícias e inspeções e pode ser usado como documento de apoio em auditorias e fiscalizações trabalhistas;

  • Promoção e participação dos trabalhadores: é construído com a participação da CIPA e dos trabalhadores, fortalecendo a cultura de prevenção e estimula o diálogo entre empregador e empregado sobre riscos e melhorias;

  • Ferramenta educativa: contribui para campanhas de conscientização e treinamentos internos, ajudando os trabalhadores a reconhecerem e evitarem situações de risco;

  • Fortalecimento da cultura de prevenção: quando o mapa é feito de forma participativa, ele deixa de ser apenas um documento e se transforma numa ferramenta educativa, que envolve todos na construção de um ambiente mais seguro;

Apoio na gestão de melhorias: o Mapa de Riscos orienta decisões sobre treinamentos, aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), mudanças no layout, entre outras medidas que reduzem a exposição aos perigos.

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Como fazer um Mapa de Riscos: passo a passo

Agora que sabemos o que é o mapa de riscos, é preciso saber como fazer o seu. Por ser uma ferramenta importante para a prevenção de acidentes, criar um Mapa de Riscos exige muito cuidado, método, escuta ativa e comprometimento.

A seguir, confira o passo a passo para fazer um Mapa de Riscos:

1. Forme uma equipe de trabalho

O primeiro passo é montar a sua equipe, preferencialmente uma equipe mista, envolvendo:

Essa diversidade ajuda a construir um retrato mais fiel dos possíveis riscos presentes na sua empresa e em seus diferentes ambientes de trabalho.

2. Faça o reconhecimento do ambiente

Em seguida, percorra todos os locais da empresa, observando critérios como:

  • Condições físicas (iluminação, ruído, temperatura);
  • Operações com produtos químicos;
  • Presença de agentes biológicos;
  • Movimentação de cargas;
  • Posturas de trabalho;
  • Máquinas, equipamentos e instalações.

Além disso, converse com os trabalhadores sobre as situações que eles consideram perigosas ou desconfortáveis. Certamente eles são as melhores pessoas para apontar esses fatores, já que estão ali, vivendo o ambiente de trabalho diariamente.

3. Identifique e classifique os riscos

Depois disso, é hora de agrupar os riscos identificados nos cinco tipos padrão e avaliar:

  • A frequência da exposição a cada tipo de risco;
  • A gravidade das possíveis consequências;
  • O número de trabalhadores expostos.

Essa análise ajudará a dimensionar os riscos no seu mapa.

4. Hora de fazer o Mapa de Riscos

Para montar o seu Mapa. vamos fazer uso de uma planta ou croqui do ambiente. Sobre esta planta, insira círculos:

  • Com a cor correspondente ao tipo de risco;
  • De tamanho proporcional à sua intensidade.

Veja o exemplo abaixo:

Exemplo de tabela de Mapa de Riscos

5. Divulgue e explique o Mapa de Riscos para as equipes

Por hora, com o mapa pronto, é hora de fixá-lo em locais visíveis e fazer apresentações ou reuniões para explicar o seu significado.

Lembre-se: cada trabalhador precisa compreender a importância do mapa, de modo que ele se transforme em uma ferramenta ativa e útil na prevenção de acidentes e redução de riscos no dia a dia.

Por fim, é importante também revisar esse mapa regularmente (todo ano, por exemplo), reconhecendo que os riscos mudam e que a prevenção deve ser um trabalho contínuo.

Conclusão

Como vimos, construir e manter um Mapa de Riscos é um compromisso diário com a vida dos trabalhadores, e com a sustentabilidade da empresa. Mas, para que a gestão de SST seja ainda mais estratégica, é preciso ter acesso a dados confiáveis, atualizados e fáceis de interpretar.

Com o Analytics da Metadados, o seu RH pode guiar decisões de forma rápida e certeira, com acesso a indicadores de SST, riscos trabalhistas, compliance, panorama financeiro do RH e muito mais. Tudo apresentado em gráficos automáticos e prontos para ação.

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Conheça quem escreveu o artigo

  • Bruna Valtrick
    Bruna Valtrick

    Bruna é jornalista, produtora de conteúdo e estudante de Filosofia, especializada em SEO e Inbound Marketing e com 10 anos de experiência em redação de textos. Acredita que boas histórias valem mais do que palavras difíceis e que todo texto existe por um propósito. Na Metadados, cria conteúdos estratégicos e sempre atualizados sobre Recursos Humanos.

  • Marta Pierina Verona
    Marta Pierina Verona

    Formada em Gestão de Pessoas e pós-graduada em Direito, Marta é especialista em eSocial e em Legislação Trabalhista. Com mais de 20 anos de experiência na área, atualmente, é consultora de aplicação na Metadados.

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