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Departamento Pessoal13 de junho de 2025

Ergonomia: como evitar doenças e lesões no trabalho

Medidas para garantir o bem-estar dos colaboradores devem ser adotadas

Ergonomia: como evitar doenças e lesões no trabalho

A ergonomia no trabalho é uma forma de assegurar o bem-estar, conforto, saúde e segurança dos colaboradores. Com isso, melhora-se a produtividade e reduz-se o risco de doenças ou lesões relacionadas às atividades desempenhadas rotineiramente.

Os princípios ergonômicos são aplicados em vários contextos, mas é provável que você esteja acostumado a ouvir falar deles como uma forma de prevenção a dores nas costas, tendinites ou bursites. É que esse é um efeito bastante reconhecido, especialmente com o avanço do uso de computadores nas últimas décadas.

No entanto, a ergonomia colabora em outras frentes, como na melhora de condições de cansaço ou fadiga. O objetivo principal, claro, é garantir que os colaboradores tenham um ambiente de trabalho adequado, além de aumentar a satisfação dos colaboradores.

Contudo, é importante lembrar que há uma série de regras a serem seguidas. Elas são determinadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Caso a legislação seja descumprida, tanto o empregado quanto o empregador podem ser punidos.

Como você percebeu, a ergonomia é um assunto com diversos desdobramentos. Por isso, nós da Metadados, empresa que desenvolve um sistema completo para a sua gestão de RH, elaboramos esse artigo para auxiliar o RH na melhor compreensão do tema.

O que é ergonomia?

A ergonomia é o conjunto de regras e procedimentos, que visa melhorar a interação entre pessoas, máquinas e ambiente de trabalho. Envolve produtos, sistemas e comportamentos com o objetivo de adequar os locais das atividades laborais às características, habilidades e limitações humanas. Assim, promove condições para o bem-estar dos colaboradores.

Um exemplo:

  • Uma secretária cuja função é receber os pacientes de um médico, preencher cadastros no computador e atender ao telefone pode desenvolver Lesões por Esforço Repetitivo (LER), dores nas costas e problemas de visão.

Nesse caso, é obrigação do empregador orientá-la, fornecer os equipamentos necessários e adequar o ambiente de trabalho para evitar o aparecimento dessas condições de saúde.

Para isso, é preciso disponibilizar mesa na altura correta, cadeira com a possibilidade de ajustes, iluminação apropriada, além de mouse, teclado e tela do computador adequados. Essas são as situações mais evidentes, mas ergonomia envolve uma série de conceitos, como veremos a seguir.

Ergonomia no trabalho: ilustração de pessoa trabalhando relaxada com pepinos nos olhos

Quais os tipos de ergonomia?

Com o conhecimento sobre o que é ergonomia, agora é hora de se aprofundar nas diferentes formas de aplicação dela. São sete tipos que você vai conhecer abaixo:

  • Ergonomia física: envolve o design do local físico de trabalho. Considera iluminação, temperatura, mobiliário e layout. Tenta minimizar a fadiga e o desconforto físicos;
  • Ergonomia cognitiva: estuda a resposta emocional e mental que o trabalhador tem diante de solicitações de atividades que requerem esforço mental, raciocínio e concentração. Busca a preservação da saúde mental;
  • Ergonomia organizacional: foca-se na estrutura organizacional, nos processos de trabalho, comunicação e cultura. Objetiva melhorar a eficácia e satisfação dos colaboradores;
  • Ergonomia de correção: trata da adequação do ambiente de trabalho conforme o apontamento dos colaboradores;
  • Ergonomia de conscientização: volta-se ao engajamento dos colaboradores no tema da ergonomia, para que as ações sejam bem-sucedidas;
  • Ergonomia participativa: promove a conscientização e a fiscalização da execução das práticas ergonômicas. Os envolvidos nesse processo solicitam e cobram os empregadores para as melhorias;
  • Ergonomia operacional: busca evitar a sobrecarga de trabalho. Ou seja, desenvolve estratégias para otimizar a performance das equipes sem que isso impacte negativamente na rotina profissional e pessoal do colaborador.

O que são riscos do grupo ergonômico?

Os riscos do grupo ergonômico envolvem os fatores do ambiente de trabalho que podem afetar a saúde, o bem-estar e a segurança dos colaboradores.

Veja alguns exemplos:

  • Postura inadequada: pode gerar dores musculares, lesões ou fadiga;
  • Movimentos repetitivos: podem levar a lesões por esforço repetitivo (LER) ou distúrbios osteo musculares relacionados ao trabalho (DORT);
  • Esforço físico excessivo: levantamento, transporte ou manipulação de cargas pesadas sem o uso correto de equipamentos podem aumentar o risco de lesões;
  • Iluminação inadequada: se a luz do ambiente de trabalho for insuficiente ou excessiva, pode haver fadiga visual, dores de cabeça e dificuldades de desempenho;
  • Temperatura imprópria: temperaturas altas ou baixas demais junto com umidade extrema podem afetar a saúde dos colaboradores;
  • Equipamentos inaptos: o uso de equipamentos não projetados ergonomicamente pode gerar problemas de saúde;
  • Layout incorreto: a arrumação inadequada de equipamentos e móveis pode implicar em movimentos desnecessários e, consequente, desconforto;
  • Exigências excessivas: tarefas demais podem colaborar para o desenvolvimento de doenças psicossociais, como depressão e ansiedade.
Ilustração de notificações excessivas no celular

O que são equipamentos ergonômicos

O uso de equipamentos ergonômicos é uma das principais indicações para se evitar as lesões e doenças mais recorrentes no ambiente de trabalho. Por isso, na hora da aquisição dos materiais, é preciso colocar uma lupa sobre essa questão.

Esses equipamentos são desenvolvidos para se adaptar às características dos usuários, considerando aspectos como altura, alcance, postura e movimento. Abaixo trazemos exemplos de produtos ergonômicos.

Cadeira ergonômica

As cadeiras ergonômicas são projetadas para fornecer suporte adequado ao corpo. Para isso, têm características específicas.

  • Ajustabilidade: têm várias opções de ajuste, como altura do assento, inclinação do encosto, apoio lombar e de braço;
  • Assento: é projetado para distribuir o peso do corpo de maneira uniforme, evitando pontos de pressão desconfortáveis. Geralmente, é acolchoado;
  • Rodízios: é comum que possuam rodízios na base para facilitar o movimento e evitar esforços excessivos ao alcançar objetos próximos;
  • Respiráveis: utilizam materiais que evitam o excesso de calor.

Mouses ergonômicos

Os mouses ergonômicos são desenvolvidos para reduzir o estresse e a fadiga das mãos, punhos e braços. Confira características comuns desses equipamentos:

  • Design contornado para se adaptar à forma natural da mão;
  • Apoio para os dedos que permite uma posição mais relaxada da mão;
  • Botões posicionados para serem facilmente acessíveis, o que reduz a quantidade de movimentos ou torções do pulso;
  • Botões personalizáveis para realizar funções específicas, o que diminui a repetição de movimentos;
  • Sensor de alta precisão torna os movimentos do cursor suaves e precisos, minimizando movimentos bruscos das mãos;
  • Roda de rolagem projetada para deslizar suavemente, retirando a necessidade esforços excessivos;
  • Conexão sem fio para garantir mais flexibilidade e reduzir a confusão causada por cabos;
  • Textura antiderrapante na superfície para garantir uma pegada firme e confortável.

Teclado ergonômico

Junto com o mouse, o teclado ergonômico torna o uso do computador mais confortável durante os longos períodos de trabalho. Pode ajudar a prevenir lesões relacionadas ao uso repetitivo do teclado.

  • Layout com teclas dispostas de forma a minimizar os movimentos e esforços na digitação. Alguns, inclusive, são divididos em duas partes, para garantirem uma posição mais saudável às mãos;
  • Inclinação para fazer o ajuste à posição mais natural de mãos e pulsos;
  • Descanso para pulso na parte inferior para ajudar a manter essa parte do corpo em uma posição confortável durante a digitação;
  • Teclas de atalho programáveis para facilitar o acesso a funções específicas;
  • Materiais mais macios e confortáveis ao toque são usados para diminuir a pressão sobre as mãos.

Tapetes antifadiga

Os tapetes antifadiga são projetados para proporcionar bem-estar para profissionais que passam longos períodos em pé, como trabalhadores industriais e de comércio varejista. São utilizados em ambientes como cozinhas comerciais, áreas de produção, balcões de atendimento, entre outros.

São feitos em material amortecedor, com superfície texturizada e têm espessura adequada para reduzir a pressão sobre pernas, pés e coluna vertebral.

Podem ter design ergonômico, com áreas inclinadas ou elevadas. Também são projetados para serem fáceis de limpar.

Apoios para os pés

Esses apoios são usados para que o profissional, ao ficar sentado, consiga manter os pés encostados na superfície. Assim, promovem uma postura adequada e reduzem o estresse nas pernas e costas.

Os equipamentos devem ser ajustáveis em altura, ter superfície antiderrapante e serem feitos em materiais confortáveis. Alguns modelos permitem ajustar o ângulo de inclinação, o que atende a preferências individuais.

Esses são alguns exemplos de equipamentos ergonômicos, mas a realidade da sua empresa pode exigir outros. Portanto, é imprescindível que o profissional de RH fique atento à necessidade dos colaboradores.

Ergonomia no trabalho: ilustração de crachás felizes

Como a ergonomia colabora para a organização?

A aplicação das normas ergonômicas traz também benefícios para as organizações. Ao desenvolver ações e incentivar os comportamentos adequados, as empresas reduzem afastamentos médicos, faltas ao trabalho, rotatividade de colaboradores e fadiga extrema.

O cumprimento das medidas ajuda a melhorar a produtividade. A preocupação das empresas com a qualidade de vida dos colaboradores também funciona como um incentivador ao melhor desempenho profissional.

A lei obriga a adoção de ergonomia no trabalho?

Sim, a ergonomia no trabalho é regrada por lei. O Ministério do Trabalho e Emprego, desenvolveu junto com entidades da classe a Norma Regulamentadora Nº 17. Ela estabelece as medidas a serem adotadas pelas empresas nos ambientes de trabalho do ponto de vista físico e psicológico.

O texto aponta:

As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário dos postos de trabalho, ao trabalho com máquinas, equipamentos e ferramentas manuais, às condições de conforto no ambiente de trabalho e à própria organização do trabalho

A NR-17 também detalha que as organizações devem realizar a avaliação ergonômica preliminar das situações de trabalho. O objetivo é identificar perigos e produzir informações para o planejamento das medidas preventivas.

Pode haver a necessidade de uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET). Nesse caso, são conferidas as tarefas, os processos e atividades em cada posto de trabalho. Com isso, é possível verificar inadequações e fatores de risco.

A AET é exigida quando:

  • É observada a necessidade de uma avaliação mais aprofundada da situação;
  • São identificadas inadequações ou insuficiência das ações adotadas;
  • É sugerida pelo acompanhamento de saúde dos trabalhadores, nos termos do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e da alínea “c” do subitem 1.5.5.1.1 da NR 01. O texto se refere a “evidências de associação, por meio do controle médico da saúde, entre as lesões e os agravos à saúde dos trabalhadores com os riscos e as situações de trabalho identificados”.
  • É indicada causa relacionada às condições de trabalho na análise de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, nos termos do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

É importante salientar que a NR 17 prevê o envolvimento dos colaboradores na AET. O resultado desse estudo gera um laudo para que a empresa faça as correções para evitar problemas de saúde dos trabalhadores. Essa verificação das condições de trabalho é um processo contínuo e permanente, já que o objetivo é melhorar a atenção ao bem-estar das pessoas.

Quais as punições para o descumprimento da NR 17?

O descumprimento da NR 17 e, consequentemente, das medidas ergonômicas determinadas pode gerar punições. As empresas notificadas por não se adequarem às normas recebem um prazo para os ajustes. Se o desrespeito à legislação permanecer em uma nova avaliação, as organizações podem ser multadas e acionadas judicialmente.

Conclusão

Como vimos, a ergonomia envolve uma série de medidas. Por isso, cada empresa segue normas que se aplicam à própria realidade. No entanto, existem situações comuns que podem ser melhoradas com pequenas mudanças de atitudes individuais ou organizacionais.

Nesses casos, o RH pode servir como um incentivador ao colaborador e como um sinalizador de melhorias para a empresa. Para tomar as melhores decisões, porém, é preciso ter as melhores ferramentas. Clique no banner abaixo e saiba mais sobre os sistemas de gestão de RH da Metadados!

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