Processo de desligamento: como o RH deve agir na entrevista?
Saiba como conduzir esse momento de forma humanizada e eficiente

O processo de desligamento é um momento muito delicado. Ele envolve sentimentos de incompetência, insatisfação ou descontentamento com o trabalho e insucesso.
Quando falamos em Recursos Humanos, é importante reconhecer que há duas formas de desligamento: aquele que é espontâneo, a pedido do funcionário, e aquele que é realizado pela empresa, a demissão forçada.
Em ambas as situações há um aprendizado para a organização. Por isso, é muito importante tomar alguns cuidados no processo para manter a integridade do funcionário, a imagem da empresa e as relações entre os colaboradores que ficam.
Ficou curioso para conhecer as melhores estratégias para lidar com o processo de desligamento? Continue lendo este artigo produzido pela Metadados — empresa que desenvolve sistemas para a gestão de RH.
Processo de desligamento: a importância da discrição
Somente quem está envolvido no processo de desligamento deve ser informado, como, por exemplo, as chefias, o setor de RH, o próprio trabalhador desligado e os funcionários que protocolam o procedimento.
Isso evita a exposição desnecessária do colaborador e perguntas invasivas tanto para ele quanto para a direção. Pode evitar também certa onda de pânico, em que todos se sentiriam em risco de serem demitidos.
Como preparar o ambiente para a conversa
A reunião para demissão e entrevista de desligamento deve ser feita em um espaço afastado dos outros funcionários.
Por exemplo: em uma sala separada, que não tenha paredes de vidro transparentes, para evitar a exposição da pessoa. Estar próximo a um banheiro pode ser uma boa ideia, pois a pessoa pode se emocionar.
Dicas para comunicar a demissão
A demissão deve ser comunicada preferencialmente pela chefia imediata, sendo que ela deve ser instruída sobre a melhor maneira de agir durante o processo. A postura do superior ao comunicar deve ser respeitosa, dando espaço a reações emocionais.
O superior não deve demonstrar pena da pessoa e nem fazer adulações, mas sim agir com de forma humanizada. Ele também não deve fazer promessas sem que seja garantido que possa cumpri-las.
Uma boa dica é oferecer uma ajuda especializada, desvinculada da empresa, indicando, por exemplo, um psicólogo de confiança. Você também pode oferecer auxílio com o currículo, se houver possibilidade.
Como fazer a entrevista de desligamento com eficiência
A entrevista de desligamento é um processo muito importante para a empresa. É uma forma de saber mais a opinião dos membros que trabalharam na organização sobre o funcionamento dela, reconhecendo potenciais e fraquezas.
Essa também uma forma de mostrar ao ex-funcionário as suas posturas louváveis e aquelas que poderiam ter sido melhores.
É importante conduzir o processo de forma bastante ética, sem forçar o colaborador demitido a falar. Tente deixar claro que as informações fornecidas por ele podem colaborar muito para a empresa avaliar o que vai bem e o que precisa ser melhorado.
Nesse ponto, é importante conduzir a entrevista de diferentes formas, a depender do caso. Afinal, como já mencionamos, a demissão pode ter sido espontânea ou forçada.
Veja a seguir como agir em cada uma das situações.
Em caso de demissão espontânea
No caso de uma demissão espontânea, o profissional de RH deve buscar saber as motivações da demissão, que podem ser muito variadas. Desde questões pessoais até o surgimento de propostas mais atraentes.
Questione o trabalhador sobre o que ele pensa dos benefícios oferecidos, sobre o clima organizacional, a relação com os companheiros de trabalho, como ele lida com a produtividade, problemas de departamento pessoal, salário, perspectiva de crescimento etc.
Muitos membros abandonam o time por falta de perspectivas de carreira ou por problemas com chefia e colegas de trabalho. Perceber esses aspectos no discurso da pessoa pode ser muito importante para avaliar como anda sua organização.

Em caso de desligamento forçado: quando o funcionário é demitido
Nesse tipo de entrevista, é preciso indicar ao colaborador que está saindo da empresa as motivações da demissão de forma bastante clara.
A demissão pode ter ocorrido devido à competências insuficientes, conflitos interpessoais ou até problemas de estrutura da organização, por exemplo. I
sso ajuda a pessoa a compreender se as razões do desligamento são relacionadas ao seu desempenho ou a questões específicas da empresa, bem como se conscientizar de suas eventuais falhas e dificuldades.
Também é importante que a conversa sobre demissão não seja uma entrevista de feedback. O ideal é que os gestores tenham dado um retorno sobre o trabalho do funcionário de forma contínua ao longo do tempo.

As respostas emocionais do processo de desligamento e como lidar com elas
No caso da demissão a pedido da empresa, o colaborador que está sendo demitido pode se apresentar com ressentimento, raiva, falso contentamento e até desespero.
Nesse momento, é muito importante ter empatia com a pessoa em questão, considerando o sentimento, mas sem alimentá-lo. É preciso ser realista e franco, mas sem pessimismo. Compreender e acolher alguém não significa ter piedade ou se emocionar junto com a pessoa.
É importante saber que as informações que o ex-funcionário der sobre a empresa podem estar um pouco modificadas por sua condição emocional. Por isso, saiba filtrar o que escutar.
Já em uma demissão voluntária, normalmente a postura do colaborador é mais tranquila, pois o desligamento partiu de uma iniciativa própria. Nesse caso, o colaborador tende a oferecer respostas mais precisas sobre a empresa.
Conclusão
O processo de desligamento é muito importante para a empresa, por ser um fim de um ciclo, a conclusão de um processo. Ele deve ser realizado de forma ética e responsável para preservar o funcionário e a empresa.
Como vimos, os diferentes tipos de desligamento, voluntário ou compulsório, devem ser conduzidos de formas diferentes. Em ambos haverá a escuta da opinião sobre a organização, mas no desligamento a pedido da empresa, deverão ser explicadas as causas da demissão.
Conduzir bem o processo de desligamento é uma forma de manter a integridade do clima organizacional, das pessoas e da imagem da empresa. Além de evitar possíveis crises para o RH e para a empresa.
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