Departamento Pessoal25 de novembro de 2025

Fator Acidentário de Prevenção (FAP): guia para o RH

Entenda o quanto esse custo pode impactar a sua empresa

Fator Acidentário de Prevenção (FAP): guia para o RH

O Fator Acidentário de Prevenção (FAP) é um índice que ajusta o valor da contribuição previdenciária das empresas de acordo com seu histórico de ocorrência de acidentes e afastamentos.

Para quem trabalha com Recursos Humanos ou Departamento Pessoal, entender esse mecanismo é importante para planejar custos e contribuir para um ambiente de trabalho mais seguro.

Neste artigo, vamos explicar o que é o FAP, quais fatores influenciam seu cálculo e como ele afeta as empresas.

Boa leitura!

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O que é o Fator Acidentário de Prevenção (FAP)

O Fator Acidentário de Prevenção (FAP) é um indicador que varia entre 0,5 e 2 e é aplicado sobre a alíquota do RAT (Risco Ambiental do Trabalho), também conhecido como Seguro Acidente de Trabalho.

Essa variação funciona como um multiplicador, que pode aumentar ou reduzir a alíquota paga pela empresa, conforme sua performance em saúde e segurança no trabalho.

Quanto menor o número de acidentes e afastamentos registrados, menor tende a ser o valor do FAP, e menor também o custo da contribuição. Já em empresas onde há mais ocorrências, o índice sobe e a contribuição aumenta.

Ele é, portanto, uma forma de incentivar as empresas a desenvolverem práticas de prevenção, além de servir como um termômetro da gestão de segurança e cuidado com o colaborador.

Tudo sobre o FAP: cálculo, impacto e gestão

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Fatores que influenciam o cálculo do FAP

Basicamente, o cálculo do FAP considera dados previdenciários apurados nos dois últimos anos e envolve três critérios principais:

Também entram na avaliação as informações da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), os códigos de benefícios B91 e B94 e a remuneração dos empregados.

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Como o FAP é calculado na prática

O cálculo do Fator Acidentário de Prevenção é realizado todos os anos pela Previdência Social e segue a seguinte fórmula:

A fórmula utilizada é a seguinte:

  • RAT (1%, 2% ou 3%) x FAP atribuído à empresa = percentual aplicado sobre a folha de pagamento

Lembrando que a alíquota do RAT varia conforme o grau de risco da atividade (1%, 2% ou 3%). Já o FAP, que vai de 0,5 a 2, ajusta esse percentual de acordo com o desempenho da empresa.

Veja um exemplo:

  • Se a alíquota do RAT for 2% e o FAP for 1,5, a contribuição previdenciária será de 3% sobre a folha de pagamento.
  • Já se o FAP da empresa for 0,5, o valor cai para 1%.

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Quais são os impactos do FAP nas empresas?

É importante entender que o FAP não é apenas uma questão contábil. Na verdade, ele reflete diretamente a realidade da empresa em relação à segurança no trabalho e à saúde ocupacional.

Entre os principais efeitos estão:

  • Custos previdenciários: um FAP elevado aumenta as contribuições, enquanto um índice menor representa economia;
  • Risco de autuações: erros no envio de informações ao INSS, cálculos incorretos ou pagamentos atrasados podem gerar multas;
  • Compliance previdenciário: o cumprimento dos prazos e a consistência dos dados transmitidos são fundamentais para evitar divergências;
  • Clima e imagem: empresas com altos índices de acidentalidade podem prejudicar sua reputação, externa e internamente.

Para o RH e o Departamento Pessoal, compreender esses impactos ajuda a alinhar as práticas de segurança do trabalho com a gestão de pessoas.

Como consultar e contestar o FAP?

A consulta do FAP é feita de forma online, no site da Previdência (fap.dataprev.gov.br), com acesso via conta gov.br e certificado digital. A cada ano, o órgão disponibiliza o índice calculado com base nos registros do biênio anterior.

A contestação é um processo administrativo simples, mas precisa ser feita dentro do prazo de 30 dias após a publicação oficial.

Veja o passo a passo:

  • Acesse o sistema FAP no site oficial;
  • Faça login com sua conta gov.br;
  • Escolha a opção “Contestação Eletrônica”;
  • Informe o CNPJ e descreva o motivo do pedido;
  • Anexe documentos que comprovem o erro (como CATs, laudos ou relatórios internos);
  • Envie o formulário e guarde o protocolo.

Lembre-se: manter uma boa gestão de documentos e registros atualizados facilita a conferência e fortalece a argumentação em caso de inconsistência.

O FAP e o eSocial

O eSocial utiliza automaticamente o valor atualizado do FAP para calcular a contribuição da empresa.

Contudo, a partir de 2025, o sistema passou a importar as informações diretamente do FAPWeb (Dataprev), sem necessidade de inclusão manual.

Isso simplifica o processo, mas aumenta a necessidade de atenção: qualquer erro nas informações sobre afastamentos ou acidentes pode afetar o fechamento da folha e gerar inconsistências na transmissão.

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Conclusão

Como vimos, o Fator Acidentário de Prevenção é um indicador que traduz, em números, como a empresa tem lidado com a segurança e saúde de seus colaboradores.

Para o RH e o Departamento Pessoal, acompanhar esse índice é uma forma de alinhar obrigações legais, custos e cultura.

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Conheça quem escreveu o artigo

  • Bruna Valtrick
    Bruna Valtrick

    Bruna é jornalista, produtora de conteúdo e estudante de Filosofia, especializada em SEO e Marketing de Conteúdo, e com 10 anos de experiência em redação de textos. Na Metadados, cria conteúdos estratégicos e sempre atualizados sobre Recursos Humanos.

  • Sabrina Borges de Souza
    Sabrina Borges de Souza

    Sabrina é consultora técnica de RH na Metadados, com sólida experiência em Departamento Pessoal. Atua há mais de 10 anos com rotinas de folha de pagamento, eSocial, ponto eletrônico, gestão de processos trabalhistas e vivência em práticas de desenvolvimento humano. Com visão estratégica e experiência prática, dedica-se hoje a orientar profissionais e empresas na modernização das práticas de DP, promovendo uma área mais eficiente, integrada e valorizada dentro das organizações.

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