Cultura Organizacional: o que é e como criar a sua
A manifestação dos valores de uma empresa reflete o comportamento de colaboradores. Saiba mais sobre cultura com a Metadados

Cultura organizacional é mais do que um conceito, é a essência de uma empresa. Representa seus valores, crenças e hábitos compartilhados, refletindo-se nas decisões, na forma como o trabalho é realizado e no cuidado com pessoas.
A cultura é a marca registrada de um negócio e um recurso estratégico importante para gerar engajamento, direcionamento e vantagem competitiva. Por isso, fortalecer e aprimorar a cultura da empresa é uma das chaves para atrair e reter talentos, além de tornar o trabalho das equipes mais direcionado.
No entanto, não basta definir diretrizes e colocá-las no papel. A cultura precisa estar presente nas atitudes diárias, sendo vivida na prática por toda a organização.
Neste artigo, a Metadados — empresa que desenvolve sistemas para a gestão de Recursos Humanos —, explora o conceito de cultura organizacional e mostra caminhos para torná-la um pilar forte e coerente em sua empresa.
O que é cultura organizacional?

A cultura organizacional é o conjunto de valores, crenças, atitudes, sistemas e regras que delineiam e influenciam o comportamento das pessoas. Ela reflete como funcionários, clientes, fornecedores e partes interessadas vivenciam a organização e sua marca.
Segundo Edgar H. Schein, a cultura organizacional é como a personalidade de uma organização – é o conjunto de razões coletivas pelas quais as pessoas, em todos os níveis de uma organização, se comportam da forma como se comportam.
Em sua essência, a cultura organizacional é composta por pessoas. Ela é o resultado de comportamentos e interações dessas pessoas em um ambiente (a empresa) e, da relação/reflexo desse ambiente para com as pessoas.
Schein (1985) divide os componentes da cultural organizacional em níveis:

- Comportamentos públicos/visíveis: são os elementos facilmente observáveis e outras manifestações físicas, como o ambiente física da empresa, forma de vestir, modelos de comportamento visíveis ou audíveis, linguagem, rituais e cerimônias;
- Valores: refletem o que a organização acredita ser importante, incluindo estratégias, objetivos e princípios que orientam comportamentos desejáveis;
- Pressupostos básicos: crenças inconscientes e profundas sobre “como as coisas devem ser”. Moldam a forma de pensar, sentir e agir dentro da empresa, sendo realidadas dadas como verdadeiras e que devem guiar o comportamento das pessoas.
Contudo, na prática, não existe cultura organizacional certa ou errada. Ela representa a organização de forma singular e, por isso, deve ser respeitada como tal. Quanto maior a empresa, maiores também são os desafios de construir e manter uma cultura forte.
O importante é que exista um tipo de aprendizagem em curso sobre como se relacionar com o ambiente e gerir ações para que a empresa possa alcançar os objetivos.
Qual a importância de uma cultura organizacional?
A cultura organizacional serve como guia para todas as ações da empresa, inclusive para a área de Recursos Humanos. Ela indica o caminho a ser seguido e, quando sólida, é capaz de preparar as equipes e a empresa para o futuro.
No que tange às equipes, uma cultura organizacional forte auxilia no desenvolvimento do capital humano, mostrando para os colaboradores as expectativas da empresa em relação a eles e a melhor forma de agir.
Nesse sentido, o trabalho do RH é fundamental. São esses os profissionais que devem fortalecer internamente a cultura e trabalhar por relações de mais qualidade, permitindo que todos trilhem o mesmo caminho.
Uma cultura forte maximiza os resultados e melhora fatores como:
- Fortalecimento da marca e da imagem da empresa;
- Maiores índices de produtividade;
- Alinhamento e engajamento das equipes;
- Retenção de talentos;
- Competitividade no mercado.
Por outro lado, quando a cultura é fraca, a organização começa a identificar diversos problemas, como o choque de valores, pouco comprometimento e a probabilidade de a empresa não se manter no mercado por muito tempo.
Em resumo: construir uma cultura organizacional forte exige esforço e deve começar pelos valores e crenças dos fundadores. Essa base molda a identidade da empresa e sustenta seus propósitos ao longo do tempo, permitindo que ela possa sobreviver por muitas gerações.
Diferença entre clima e cultura organizacional
Embora muitas vezes usados como sinônimos, cultura e clima organizacional são conceitos diferentes, e entender essa diferença é essencial para a gestão de pessoas.
Cultura organizacional é a identidade da empresa. Ela representa os valores, crenças, propósitos e comportamentos que orientam a forma como a organização atua e toma decisões. Ela é mais estável e se transforma lentamente, ao longo do tempo.
Clima organizacional, por outro lado, é a percepção que os colaboradores têm sobre o ambiente de trabalho em determinado momento. Está relacionado ao dia a dia: relações com líderes e colegas, práticas de gestão, políticas de RH, reconhecimento, remuneração, entre outros fatores. O clima é muito mais sensível a mudanças e pode oscilar com frequência.
Ou seja: enquanto a cultura define o “jeito de ser” da empresa, o clima reflete “como está” esse ambiente naquele momento. E, sim, existe uma relação direta entre os dois: quando a cultura é clara e funciona na prática, o clima tende a ser mais positivo e alinhado.
Para facilitar o entendimento, criamos o quadro comparativo a seguir:
Quais são os tipos de cultura organizacional?
Muitos autores divergem sobre os tipos de cultura organizacional. E não existe mesmo uma única forma de classificá-la. Hoje, a composição mais difundida é do filósofo Charles Handy, que divide a cultura organizacional em 4 tipos:
1. Cultura do poder
As empresas que adotam este tipo de cultura organizacional estão focadas na geração de resultados, estimulando seus colaboradores a competirem entre si para atingir os objetivos propostos.
Nesse tipo de cultura, as decisões são centralizadas em um líder, por isso, é mais comum que estejam presentes em empresas pequenas, onde a figura do dono ainda é muito forte.
O ponto negativo desse tipo de cultura é a limitação do crescimento e desenvolvimento dos profissionais e, como consequência, da própria empresa.
2. Cultura de tarefas
Este tipo de cultura é adotado por empresas que especificam cada tarefa a um profissional, o que contribui para o desempenho individual, já que o colaborador busca sempre dar o melhor de si.
Nesta cultura, a liberdade de expressão e de ideias existe, fortalecendo a motivação e a resolução de problemas. Contudo, há também desvantagens, como a dificuldade de controle e monitoramento.
3. Cultura voltada para as pessoas
Como o nome remete, este tipo de cultura coloca as pessoas no centro de suas ações. Assim, o colaborador tem espaço para crescer e se desenvolver, além de ter suas opiniões ouvidas e respeitadas.
Neste tipo de cultura, a empresa tem uma capacidade muito maior de reter seus talentos, o que significa maior vantagem competitiva, qualidade de vida e um ambiente mais saudável.
4. Cultura de papéis
A empresa que adota esta cultura tem foco nos papéis desempenhados pelos colaboradores. Nesse tipo de cultura, a estrutura hierárquica é bem construída, e a pessoa precisa apenas desenvolver seu papel, tornando o processo mais rígido.
A cultura de papéis é orientada por regras e os profissionais têm clareza de suas obrigações. A desvantagem está no engessamento dos processos e de mudanças, o que pode prejudicar o crescimento da empresa.
Em seu artigo publicado na Harvard Business Review, o autor Roger Harrison acrescenta outras duas divisões:
- Cultura de processo: aquela que prioriza o baixo risco e tem feedback lento/gradual;
- Cultura de trabalho duro: aquela que prioriza o risco e tem feedback rápido.

Gestão horizontal: por que aplicar na sua empresa?
A gestão horizontal é um modelo organizacional caracterizado pela descentralização da tomada de decisão e pela redução ou eliminação de hierarquias rígidas.
Diferente do modelo tradicional vertical, em que as decisões são concentradas na liderança, a gestão horizontal promove a participação ativa dos colaboradores em processos estratégicos e operacionais.
Esse modelo se baseia na confiança e na colaboração entre as equipes, permitindo que as decisões sejam tomadas de forma mais ágil e que os funcionários se sintam mais engajados e responsáveis pelos resultados da empresa.
Tipos de gestão horizontal
A gestão horizontal pode se manifestar de diferentes formas, a depender da estrutura e dos objetivos do seu negócio. Alguns dos principais tipos incluem:
- Gestão por equipes autônomas: nesse tipo de gestão horizontal, pequenos grupos de trabalho têm autonomia para tomar decisões dentro de um determinado escopo de atuação;
- Autogestão total: são empresas sem cargos de chefia, onde todas as decisões são tomadas coletivamente;
- Estrutura em rede: empresas que operam em uma estrutura flexível, com múltiplas conexões entre colaboradores e sem uma cadeia hierárquica fixa;
- Modelo híbrido: combina aspectos da gestão vertical e horizontal, permitindo maior autonomia sem perder completamente a hierarquia.
Benefícios da gestão horizontal
Adotar a gestão horizontal na sua empresa também pode trazer uma série de vantagens, incluindo:
- Maior engajamento: ao participarem ativamente das decisões, os funcionários se sentem mais motivados e comprometidos com os objetivos da empresa;
- Tomada de decisão mais rápida: com menos burocracia, as decisões podem ser feitas rapidamente, aumentando a eficiência da operação;
- Inovação e criatividade: a liberdade para sugerir ideias e implementar mudanças favorece um ambiente mais inovador;
- Melhoria no clima organizacional: a redução da hierarquia diminui conflitos e melhora o relacionamento entre os funcionários;
- Retenção de talentos: ambientes mais colaborativos e dinâmicos atraem e mantêm profissionais qualificados.
Em outras palavras: empresas que adotam a gestão horizontal tendem a ser mais adaptáveis às mudanças do mercado, promovendo um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo para todos.
Quais os benefícios de ter com uma cultura organizacional forte?
A cultura organizacional é certamente um grande desafio para as empresas. Existem várias questões que precisam ser enfrentadas para torná-la sólida e forte, como a experiência do colaborador, a comunicação interna e o trabalho do endomarketing. Além, é claro, da transformação da cultura já existente e de certos comportamentos negativos.
Por outro lado, há diversas vantagens e benefícios, como:
- Inovação e tomada de riscos;
- Atenção aos detalhes;
- Orientação para resultados, pessoas e equipes;
- Sensação de pertencimento;
- Engajamento das equipes;
- Produtividade;
- Recrutamento e Seleção eficientes;
- Melhoria nos relacionamentos.
Quer saber como fortalecer a identidade da sua empresa? A Metadados te ajuda:
Como criar uma cultura organizacional forte na minha empresa?
Não existe uma receita de bolo para criar e implantar uma cultura organizacional forte. Contudo, existem práticas que deram certo no passado e que trazem resultados positivos ao seu negócio.
Mas, lembre-se: cada empresa é única e sua cultura também deve ser. Mas para ser forte, ela deve estar alinhada com os valores e ações de toda a empresa.
Confira os passos para criar e implantar a sua cultura organizacional:
1. Avalie o que a empresa tem hoje
Para iniciar, é preciso identificar se a empresa já adota algum modus operandi (modo pelo qual a empresa desenvolve ou opera suas atividades). Se houver, esses hábitos, diretrizes e processos devem ser integrados à cultura organizacional.
Normalmente, esses processos surgem sem uma definição prévia, isto é, mesmo sem perceber a empresa passa a usá-los para manter um padrão interno.
2. Defina seus norteadores estratégicos
O segundo passo é definir ou rever os pilares da constituição da empresa, os norteadores estratégicos: missão, visão e valores. Eles devem compor a cultura organizacional e servir como um guia para os próximos passos.
Estes norteadores também precisam estar integrados, seguindo o propósito da empresa a fim de envolver e engajar os colaboradores que nela trabalham.
Para definir seus norteadores estratégicos, considere:
- Missão: a razão pela qual a empresa existe; seu papel no mercado;
- Visão: onde a empresa se enxerga no futuro; qual seu destino;
- Valores: são os valores que guiam a empresa e servem como mantra.
Lembre-se: eles devem compor a cultura organizacional e servir como guia para os próximos passos. Para definir bons norteadores, considere utilizar a ferramenta do Círculo Dourado, também chamada de "Golden Circle".
3. Liste seus diferenciais de negócio
O terceiro passo é identificar o que faz sua empresa diferente perante seus concorrentes. Afinal, sua cultura organizacional deve seguir os objetivos do mercado.
Cada ponto levantado deve representar a individualidade e singularidade da sua empresa, aquilo que a torna única. São esses pontos que agregam valor no dia a dia da corporação, maximizando as vantagens competitivas do seu negócio.
4. Espalhe a cultura pela empresa
Agora que você já tem a estrutura da sua cultura organizacional, é hora de colocar em prática. Com tudo isso disposto em um documento oficial, dissemine a cultura pela empresa, em todos os níveis. Esta etapa é fundamental para a continuidade do trabalho realizado.
Não esqueça de destacar todas as regras expressas e implícitas, sempre que possível. Para que sejam lembradas, elas precisam ser vistas, até que se tornem parte do dia a dia das equipes.

5. Contrate pessoas que compartilhem da sua cultura
A cultura faz parte da crença coletiva e, no processo de recrutamento e seleção, é essencial que o nível de compatibilidade do profissional com os valores da empresa seja o mais próximo possível.
Para isso, muitas empresas utilizam ferramentas como o fit cultural — a capacidade de alguém se adaptar às crenças, atitudes e comportamentos que compõem a organização.
Outro ponto importante no recrutamento e seleção é identificar e avaliar se as competências comportamentais (soft skills) também se enquadram nas esperadas pela empresa.
Para isso, o recrutador pode fazer perguntas como:
- Para você, como seria um ambiente de trabalho ideal?
- Quais são os valores mais importantes na sua vida?
- Por que você gostaria de trabalhar nesta empresa?
- O que você entende como cultura organizacional e por que ela deve ser praticada?
Lembre-se: faça um processo aplicando traços da cultura organizacional. Realize um onboarding que permeie o clima organizacional e enfatize a importância de cada detalhe.
6. Tenha promotores da sua cultura
A melhor maneira de fortalecer a cultura organizacional é garantir que ela esteja viva no dia a dia da empresa. Para isso, conte com promotores da cultura — líderes ou colaboradores que exercem uma influência positiva sobre os colegas. Esses profissionais ajudam a reforçar valores e crenças por meio do exemplo.
Vale lembrar que construir uma cultura organizacional forte é um processo contínuo, que exige dedicação. Não é simples, mas os resultados sempre compensam o esforço.
Qual o papel do RH e dos líderes neste processo?
Somos seres influenciáveis e, como vimos anteriormente, as lideranças e o próprio RH podem ser os principais influenciadores em relação à cultura. Essa influência afeta, inclusive, as decisões e ações relacionadas ao desempenho das equipes.
O Recursos Humanos tem o papel de orquestrar projetos que auxiliem na criação dessa cultura organizacional e promover ações para fortalecê-la.
Por exemplo:
- Estabelecer e alinhar políticas que representem a cultura em todos seus processos;
- Definir estratégias de comunicação clara e objetiva para todos os níveis hierárquicos;
- Faz parte da cultura um ambiente leve e descontraído. O RH pode organizar confraternizações, happy hours e encontros especiais;
- Apoiar na construção de equipes diversas e de alta performance.
Já os líderes são aqueles que mantêm a cultura sempre ativa e, junto do RH, a promovem pelo ambiente de trabalho.
No início, eles devem atuar refinando e melhorando a cultura para que, conforme for se enraizando, assumam o papel de disseminadores por meio de exemplos e comportamentos práticos no dia a dia.

Como identificar uma cultura fraca e negativa?
Por tudo o que viemos até aqui, podemos considerar como cultura organizacional fraca e tóxica é aquela que não contribui para os objetivos da empresa, isto é, não agrega.
Em uma analogia, imagine um iceberg. Existe a parte visível, que fica na superfície; a menos visível, que fica abaixo do nível do mar; e a invisível, na parte mais rochosa, nas profundezas do oceano.
Quando o comparamos com a cultura organizacional, cada parte do iceberg representa a cultura tóxica. Observe na imagem:
Além destes efeitos do iceberg da cultura, há outros que sua empresa pode estar vivendo e que uma cultura forte pode ajudar a resolver, como:
- Fofocas no ambiente de trabalho;
- Desmotivação;
- Competição por poderes;
- Líderes controladores;
- Altos índices de turnover.

Exemplos de cultura organizacional de grandes empresas
Ao implantar uma cultura organizacional, as empresas potencializam sua capacidade de atingir seus objetivos e o sucesso.
Grandes corporações do mundo todo já atingiram esse patamar ao criar uma cultura organizacional forte. Veja alguns exemplos:
1. Google
Um dos maiores cases de sucesso quando pensamos em cultura organizacional é o Google. Para incentivar a criatividade, o engajamento e a motivação das equipes, seu ambiente é inspirador, informais, divertidos e coloridos, inclusive com horários de trabalho flexíveis.
Segundo a empresa, essa atenção à cultura organizacional tem trazido resultados positivos, formando equipes leais e maior empenho no atendimento ao cliente.
2. Magazine Luiza
No Brasil, a empresa varejista Magazine Luiza é o case mais famoso. A partir da inovação da gestão, oriunda da cultura organizacional, a forma horizontal de agir tornou a cultura forte.
Com foco em pessoas, a cultura adotada pela empresa engajou os colaboradores e reafirmou os valores da corporação, tornando-se objeto de estudo da Universidade de Harvard.
Para atingir esse sucesso, a empresa optou por iniciar já no processo de recrutamento e seleção, identificando o perfil de colaborador que se encaixa na cultura organizacional.
3. Starbucks
O lema do Starbucks é "espere mais do que café". A maior rede de cafeterias do mundo conta com uma cultura baseada na responsabilidade social, na sustentabilidade e no bem-estar da comunidade.
Externamente, a cultura do Starbucks é notada por meio de promoções e campanhas associadas ao consumo consciente e reutilização de materiais, assim como campanhas de inclusão social.
Conclusão: fortaleça sua cultura todos os dias
Viu como ter uma cultura organizacional forte faz a diferença? Agora que você já sabe mais sobre o assunto, que tal avaliar em que direção a cultura da sua empresa está caminhando?
Seja qual for seu momento hoje, priorize a cultura da sua empresa como um legado valioso para todos que nela trabalham ou ainda vão trabalhar. A cultura é o que determina a essência da sua marca e, claro, a história da empresa agora e nos próximos anos.
Para te ajudar nessa tarefa, criamos o guia “Como construir uma cultura organizacional forte”. Nele, aprofundamos os passos e os principais aspectos a serem observados para que a cultura contribua de fato para o sucesso e a longevidade da organização.
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