Gestão de Risco Corporativo: como aplicar no setor de RH
A gestão de riscos vai além do financeiro: ela começa com as pessoas

Quando falamos em gestão de risco corporativo, pensamos logo em áreas como finanças, segurança da informação ou jurídico. Mas se tem um setor que está diretamente ligada aos principais riscos organizacionais, esse setor é o RH.
Em um cenário em que pessoas são, ao mesmo tempo, a maior fortaleza e a maior vulnerabilidade das empresas, a gestão de risco corporativo precisa ser compreendida e aplicada também sob a ótica da gestão de pessoas.
Afinal, os impactos humanos de qualquer decisão estratégica, operacional ou tecnológica passam pelo RH, e podem ser mitigados, antecipados ou até evitados com a atuação certa.
Neste artigo, nós da Metadados, empresa que desenvolve softwares de RH, vamos explicar o que é gestão de risco corporativo e qual é o papel da governança corporativa nesse processo.
O que é Gestão de Risco Corporativo?
A gestão de risco corporativo é o conjunto de processos e estratégias que ajudam a empresa a identificar, avaliar e mitigar ameaças internas e externas que possam comprometer seus objetivos estratégicos e operacionais. Seu objetivo é justamente maximizar o valor da empresa, além de evitar perdas e aproveitar oportunidades.
Esses riscos podem vir de várias fontes, incluindo:
- Falhas operacionais;
- Crises econômicas;
- Problemas de reputação da marca;
- Mudanças regulatórias;
- Afastamentos em massa;
- Baixo engajamento de equipes;
- Alta rotatividade;
- Lacunas de liderança;
- Ciberataques e vazamento de dados de colaboradores.
Em outras palavras: gestão de risco é sobre prevenir o que pode sair do controle, e quem melhor do que o RH para ajudar a prever, entender e agir sobre esses fatores humanos?

Quais são os riscos corporativos que envolvem o RH?
Como profissional de RH, talvez você já esteja fazendo gestão de risco no dia a dia, porém sem dar esse nome. Veja alguns exemplos de riscos corporativos com forte interface com a área de Recursos Humanos:
1. Riscos operacionais
- Perda de conhecimento com a saída de profissionais;
- Gargalos em processos por má distribuição de talentos;
- Afastamentos não previstos.
2. Riscos estratégicos
- Cultura desalinhada à estratégia da empresa;
- Líderes despreparados para lidar com mudanças organizacionais;
- Falta de mapeamento de competências essenciais para o futuro do negócio.
3. Riscos reputacionais
- Casos de assédio, discriminação ou má conduta expostos interna ou externamente;
- Desconexão entre discurso e prática da marca empregadora;
- Clima organizacional ruim e alta rotatividade.
4. Riscos legais e trabalhistas
- Falhas no cumprimento da legislação trabalhista;
- Gestão inadequada de jornadas e benefícios;
- Armazenamento indevido de dados sensíveis dos colaboradores (LGPD).
5. Riscos cibernéticos
- Vazamento de dados pessoais ou de folha de pagamento;
- Ataques de phishing direcionados a funcionários;
- Falta de treinamento em boas práticas digitais.
6. Riscos de Segurança do Trabalho
- Problemas como doenças ocupacionais ou burnout;
- Falta de adequação às Normas Regulamentadoras;
- Alto índice de acidentes de trabalho.

O papel da governança corporativa na gestão de riscos
A governança corporativa define como a empresa é dirigida, monitorada e incentivada. Um dos pilares dessa estrutura é justamente a gestão de riscos, que deve ser transversal, ou seja, envolver todas as áreas da organização.
O RH, ao participar de comitês de risco, compliance e planejamento estratégico, ajuda a integrar os fatores humanos ao processo decisório da empresa. Isso significa:
- Conduzir avaliações de risco humano (turnover, sucessão, clima);
- Garantir que a cultura organizacional esteja alinhada aos valores éticos e de governança;
- Atuar de forma preventiva em conflitos, afastamentos e fraudes internas;
- Implantar treinamentos e processos de compliance com foco no comportamento.
É também o RH que promove a educação de lideranças sobre riscos invisíveis, como os impactos de um feedback mal conduzido, de uma política pouco clara ou de uma prática de exclusão velada.
Esses problemas invisíveis também estão incluídos no que chamamos de Riscos Psicossociais. Para se aprofundar no assunto, confira o Talks da Metadados sobre o tema!
Como o RH pode estruturar uma gestão de riscos eficiente?
Existem muitas formas de fazer uma gestão de riscos bem-sucedida, focando nos diferentes tipos de situações que podem ocorrer no ambiente de trabalho. A seguir, confira uma estratégia prática que o RH pode adotar para contribuir com a gestão de risco corporativo:
1. Identificação de riscos
Primeiramente, mapeie os principais pontos de vulnerabilidade da empresa relacionados a pessoas:
- Quais são os cargos críticos?
- Quais times estão sobrecarregados?
- Como está o clima organizacional?
- Onde há histórico de conflito ou afastamento?
2. Análise de impacto
Em seguida, avalie a probabilidade e a gravidade desses riscos:
- Qual seria o impacto da saída de um gestor?
- Qual o custo de um processo trabalhista?
- Quanto tempo levaria para treinar alguém para substituir um colaborador-chave?
3. Planejamento de ações preventivas
Depois, defina um ou mais planos de ação:
- Programas de retenção e sucessão;
- Treinamentos obrigatórios (LGPD, assédio, ética);
- Melhoria na comunicação interna;
- Revisão de benefícios ou jornada.
4. Monitoramento contínuo
Por fim, utilize os dados da própria operação de RH para acompanhar riscos:
- Indicadores de turnover, absenteísmo, engajamento;
- Relatórios de clima[Jd1] e feedbacks;
- Análises preditivas com apoio da tecnologia.
Tecnologia como aliada do RH na gestão de riscos
Soluções como People Analytics, Inteligência Artificial e Software de Gestão de Pessoas permitem:
- Antecipar padrões de rotatividade e absenteísmo;
- Identificar gaps de competências com base em desempenho;
- Acompanhar risco trabalhista por área ou líder;
- Automatizar alertas de não conformidades.
Ao cruzar dados de folha, ponto, clima e desempenho, o RH pode ter uma visão 360° dos riscos humanos da organização, e atuar com mais velocidade e precisão.
Em um mundo onde crises podem surgir a qualquer momento, o RH precisa deixar de ser apenas reativo para assumir o papel de agente de prevenção. Ao colocar as pessoas no centro das decisões e reconhecer que boa parte dos riscos passam por elas, o RH se torna protagonista.
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